SOBREVIVER AO ELECTROSMOG - aumentar a melatonina

EVITAR O ELECTROSMOG DENTRO DE CASA - CONSELHOS PRÁTICOS

Dentro das nossas casas podemos fazer algumas escolhas para defender a saúde do electrosmog, embora no estado actual das coisas, não tenhamos escolha na radiação que entra dos telefones e routers sem fios (wireless) dos vizinhos e de outros equipamentos de utilidade pública emissores de rádio-frequência/microondas (RF/MW) como radares, torres de telemóvel, televisão e rádio.
O quadro abaixo resume os níveis do ELECTROSMOG na faixa das microondas apresentados pelo Powerwatch.org.uk, expressos em microwatts por metro quadrado. Quem vive perto de antenas de telemóvel ou tem WiFi em casa, pode facilmente estar exposto a uma dose igual ou superior a um bilião de vezes a radiação natural de rádio-frequência/microondas.
Mas a pequeníssima exposição natural reduz-se ainda mais ao pôr-do-sol (fica a ténue radiação estelar), e não tem o sinal modulado digitalmente com os sinais usados nas telecomunicações.
Aproximam-se em 2012 novas e graves exposições a microondas. A nossa saúde foi novamente vendida, rendendo ao Estado o primeiro dia do leilão multifaixas para a quarta geração dos telémóveis (4G), a quantia de 372 milhões de Euros. Por esta razão, os governos não tem qualquer interesse no principio da precaução. Isto é uma fonte de rendimento colossal: o licenciamento das bandas de frequências e depois o IVA sobre o tráfego.
A boa noticia foi que a ZON desistiu do leilão - continuamos apenas com 3 operadoras móveis!
A abreviatura de LTE é Long Term Evolution, mas os defensores da saúde também lhe chamam de ‘Long Term Extermination’ (extermínio em massa a longo prazo).

SUBSTITUIR A INTERNET E TELEFONES SEM FIOS – MUITO URGENTE

Fontes permanentes de microondas pulsadas dentro de casa são de retirar totalmente. A Resolução 1815 (2011) do Conselho da Europa adverte explicitamente sobre estes perigos. A perda da qualidade de sono, dores de cabeça e alguns problemas de saúde que vos apareceram gradualmente nos ‘últimos tempos’ podem ser devidos a estes aparelhos ( não são problemas do avanço da ‘idade’, são sim o envelhecimento precoce que o electrosmog causa).
Se a radiação vem de fora podem bloquear a casa com tinta especial e cortinas/tela transparente (ver “Página de inicio”).
A que provem dos vossos equipamentos electrónicos podem eliminá-la:

1.      Eliminem imediatamente o WiFi e instalem em alternativa um cabo LAN para terem acesso à Internet, mesmo que não fique muito estético (quando há duas décadas veio a TV-Cabo metiam na mesma o cabo onde fosse necessário não era?). Há diversos comprimentos dos cabos para ligarem ao router, com 2 m ou 5 m, por ex. Podem comprar outros comprimentos a metro numa loja especializada. Atenção que estes cabos têm oito condutores, não são fáceis de montar sozinhos aos terminais RJ45.

  1. Retirem imediatamente o telefone sem fios DECT de 1ª geração. Podem comprar telefone com fios em lojas de produtos eléctricos, ou em hipermercados como a Worten: preço de uns 10 €.
  2. Se tiverem mesmo necessidade do telefone sem fios para o vosso negócio, podem adquirir alguns telefones DECT de 2ª geração de baixa radiação, que reduzem a emissão de microondas quando estão em conversação, e até podem cortar totalmente a radiação da antena da base quando estão em stand-by. Há vários modelos, como por exemplo o Siemens Gigaset AS200. Leiam as instruções e activem as funções ECO Mode e ECO Mode Plus. Poupam energia e reduzem as emissões nocivas para a saúde. Não adquiram mais telefones que não sejam ECO DECT. Se são electrosensíveis, confirmem mesmo que o modelo/marca desliga completamente a potência de transmissão quando o telefone se encontra em stand-by. Há modelos/marcas que mencionam «Eco», mas não sei se tem uma preocupação com a saúde tão grande como os actuais modelos da Siemens.


Há várias razões de saúde para não usar o WiFi. Uma delas é a exposição ‘menos' (?) grave de modo continuo mas extremamente prolongado a esta radiação “diluída” pelo espaço todo da casa (ou escritório). A outra é a exposição ‘mais' grave quando usam o PC portátil, Ipad, Tablet, etc. Nunca devem usar estes aparelhos junto ao corpo, especialmente no colo. Afectam fortemente os órgãos reprodutores, em particular quando têm o WiFi ligado diminuem a mobilidade do esperma e aumentam a fragmentação do DNA dos espermatozóides (WiFi e esperma - artigo de 2011).
Há muitas outras fontes de radiação possíveis que não vou entrar em detalhe: desde as consolas de jogos que já não têm mais fios, ao conceito de «conectividade sem limites» que vislumbra que os equipamentos electrónicos venham todos equipados de fábrica com o chip de WiFi (wi-fi.org/organization). Faz-me lembrar o pesadelo do ‘chip maldito’ da saga do «Exterminador implacável»... 

Achei curioso e irónico que este 2011 um fabricante de telemóveis invoque agora o conceito de electrosmog para fazer propaganda que o seu novo sistema de TELEVISÃO 3D é melhor que o da concorrência: «Acabaram-se as tonturas, as náuseas ou o desconforto. A tecnologia CINEMA 3D da LG elimina a trepidação dos óculos, permitindo-lhe que se entregue livremente às imagens 3D durante um período prolongado sem tonturas nem cansaço.» Até aqui parece que isto é devido ao efeito da sobreposição de imagens, mas outra figura adiante no panfleto é clara: «não produzem ondas electromagnéticas prejudiciais».
Falta explicar que os óculos da ‘concorrência’ usam o sistema Bluetooth para comunicar com o televisor, radiação idêntica à usada nos telemóveis e auriculares sem fios. Um uso prolongado junto ao cérebro não é boa coisa.
Os fabricantes de electrónica acham mesmo que somos todos parvos...Aliás, não passamos de meros 'carneiros' consumidores, como defendem muitas teorias da conspiração. Vejam se começam a pensar por vocês mesmo! A prova está aqui em como querem fazer de nós parvos para nos induzirem a consumir, sem qualquer interesse pela nossa saúde.
Qualquer das maneiras...parabéns à LG por uma tecnologia mais segura para a humanidade. Não sou contra a tecnologia, e aprecio um bom filme em alta definição. 

A ELECTRICIDADE SUJA

A electrónica baseada nos semi-condutores vulgarizou-se nos anos 1980. O equipamento eléctrico começou a incorporar fontes de alimentação que ligam/desligam a corrente milhares de vezes por segundo. Cada vez que a corrente é desligada gera-se um pico transiente de alta-frequência, que circula por toda a cablagem do vosso apartamento e que se designa por electricidade suja.
Existem medidores para estes picos transientes STETZERiZER. São desejáveis valores inferiores a 30-50 unidades GS (escala usada para a oscilação destas frequências na banda dos 10-100 KiloHertz) para uma exposição continua do corpo humano. Valores acima dos 1,999 GS foram associados por Sam Millam com as salas de aula em que leccionaram os professores que apresentaram cancro (ler página deste blog: “doenças da civilização”). Enquanto na América do Norte já se dá muita importância à electricidade suja, na Europa este conceito ainda é pouco conhecido, e por vezes não é testado pelos especialistas em electrosmog.

Entre os itens que geram mais electricidade suja, incluem-se muitos dos que produzem iluminação, quer sejam lâmpadas quer televisores. Mas ares-condicionados, e outros equipamentos vão contribuindo para a vossa electricidade suja. Para reduzirem a exposição devem desligar equipamentos que não são necessários, em especial durante a noite enquanto dormem (não se esqueçam que as crianças também dormem de dia, geralmente encostadas à parede onde correm fios eléctricos!).


Atenção que os seguintes exemplos não são universais. São os que já encontrei no dia-a-dia. A intensidade da electricidade suja depende muito da marca e do modelo.

Alguns televisores de ecrã de cinescópio (CRT) podem gerar bastante electricidade suja. São também muito perigosos pelas outras frequências geradas pelo canhão de electrões (é o mesmo principio técnico que se usa nas máquinas de Raios-X do dentista, etc). Uma explosão de electrosensíveis surgiu com a exposição a curta distancia aos monitores de computador de há 20-30 anos, originando sintomas como a “dermatite do ecrã”.
Alguns televisores LCD das gerações mais antigas podem gerar uma centena de GS, como podem ultrapassar as centenas de GS. Depende da retro-iluminação usada (estes primeiros equipamentos, apesar de finos tinham uns 10 cm de fundo para acomodar as lâmpadas fluorescentes). Da minha limitada experiência, já encontrei um LCD Samsung de 2005 que rebentava a escala do medidor (termina nas 1,999 unidades GS), no entanto a electricidade suja dos Samsung mais recentes (LCD ou LED) é mínima. Alguns electrosensíveis não podem assistir a televisão – mesmo com LCDs - talvez em parte por causa da electricidade suja.

Medição habitual numa casa à noite. São aconselhados valores inferiors a 50 unidades GS. Com certas lâmpadas fluorescentes, spots halogéneo dicroicos, lâmpadas LED, televisores, PC, estes valores atingem várias centenas de GS.

Lâmpadas fluorescentes (em especial as que não estão em candeeiros padronizados com transformador e arrancador) podem ser fonte de electricidade suja. As lâmpadas fluorescentes compactas (conhecidas como as ‘económicas’) são perigosas de usar a curta distância do corpo porque induzem muita voltagem corporal e são emissoras de radiofrequência. Quanto a introduzirem radiofrequência na cablagem eléctrica, marcas de qualidade poderão não ser tão poluidoras como marcas ‘linha branca’. Já observei Philips e *** que não alteram a electricidade suja, enquanto linhas brancas podem produzir várias centenas de GS. O extremo de leitura já obtive com a Digilamp: aumento de 200 para 1900 GS quando apenas uma lâmpada é ligada.

Alguns transformadores das lâmpadas de halogéneo (dicroicas de 12 volts) colocadas nos tectos falsos podem gerar electricidade suja. Um tecto com quatro lâmpadas pode atingir 400 unidades GS quando as lâmpadas estão ligadas. As lâmpadas de halogéneo que substituíram as tradicionais incandescentes de casquilho são das mais seguras para os electrosensíveis.
As lâmpadas com LEDs de alta intensidade geram muita electricidade suja. Quando ligadas cada lâmpada individual aumenta a electricidade suja algumas centenas de unidades GS, pelo que várias lâmpadas ultrapassam um milhar de GS. Não observei isto nas lâmpadas LED com SMD ou nas de aglomerados de LEDs. As lâmpadas de LED, apesar de serem mais económicas ainda que as fluorescentes compactas, precisam de circuitos rectificadores que geram adicionalmente frequências harmónicas dos 50 Hz: 100 Hz, 150 Hz, 200 Hz... Estas não aparecem nas unidades GS (revisto em lowemfoffice).

As lâmpadas LED têm um grande potencial economizador, mas são adequadas para trabalhar com corrente continua de baixa voltagem e, não com a corrente alterna de média voltagem (220 V) que temos em casa. As modificações da voltagem necessárias ao seu funcionamento geram a electricidade suja. O inverso sucede com as lâmpadas fluorescentes, que precisam de alta voltagem para excitarem o vapor de mercúrio.
Há alguns filtros que reduzem a electricidade suja: os filtros STETZERiZER por exemplo. A EMFields também vende soluções para a electricidade suja. Há outros equipamentos no mercado, mais baratos e que reduzem a vossa conta eléctrica ao estabilizarem os picos de corrente. Mas estes modelos tem um custo para um electrosensitivo como eu – reduzem o campo eléctrico mas aumentam o campo magnético. Já experimentei o G-NER-G e não me dei bem, fazia uma nítida pressão na cabeça. Sou adepto dos produtos ecológicos, mas este não. Lloyd Morgan encontrou que os filtros Stetzerizer reduziam o campo eléctrico uma dezena de vezes, mas aumentavam o campo magnético para o dobro. Quanto ao G-Ner-G não sei quanto será este aumento. Este produto não foi desenvolvido tendo em atenção a saúde, nem é recomendado por nenhum grupo de luta contra a poluição electromagnética que eu tenha visto na Internet.
A exposição à electricidade suja talvez seja habitualmente mais grave no trabalho do que em casa, em profissões sedentárias em que se passa muito tempo próximo dos cabos eléctricos (trabalhos muito sedentários à secretária usando computadores, telefonistas, etc). Em casa a electricidade suja reduz muito à noite, quando se desligam lâmpadas, computadores e televisões.
Mas permanece alguma na mesma, que já entra da rede eléctrica. Por isso, recomendo vivamente a redução da voltagem corporal durante a noite. Mas também no trabalho ou no lazer deve-se manter o corpo o mais possível afastado de fios eléctricos (ler capítulo seguinte). Reduzem em simultâneo a exposição ao campo eléctrico de 50 ciclos/segundo (50 Hz) da electricidade e aos transientes de radiofrequência que acabei de falar. Não esquecer onde vêem televisão. Num sofá encostado à parede podem estar expostos de maneira semelhante à da cama, por um período de várias horas também.

POWERLINE: UMA ALTERNATIVA À INTERNET SEM FIOS

Devido à cablagem eléctrica não ser blindada, não sou grande apologista do uso do Power_line_communication para distribuir Internet pela rede eléctrica de modo idêntico ao cabo de rede LAN. Introduz radiofrequência na cablagem na faixa dos megahertz, não medível pelo medidores de picos transientes STETZERiZER.
Mesmo assim, acho preferível usarem os mais recentes adaptadores de Powerline do que terem ligações WiFi a emitirem 24 horas por dia e a irradiarem a vocês a aos vizinhos, ou a usarem radiação à queima roupa do wireless do computador.
A principal razão é já existirem novos adaptares em conformidade com a norma europeia para os produtos ‘utilizadores de energia’ (Energy-using Products ou EuP, aplicável desde 7 Janeiro 2010). Ao contrário do WiFi, estes aparelhos reduzem o consumo quando não está a ocorrer transmissão de dados.
A tecnologia Powerline requer ao consumidor privado um investimento de pelo menos uns 60 euros, para adquirir um par destes aparelhos: um para ligar aonde está o vosso router, e o outro aonde está o vosso computador ou televisor.
Hoje em dia quando numa casa existem vários computadores e televisores que suportam internet a tecnologia do WiFi é certamente muito apetecível! O Powerline não foi desenvolvido para proteger a saúde das 'radiações nocivas' usadas no WiFi. Foi sim, para os casos em que existe dificuldade na passagem do sinal de WiFi: numa vivenda por exemplo, as microondas trespassam bem as paredes do piso térreo, mas têm mais dificuldade em alcançar o andar de cima através da placa de betão. Claro que os fabricantes sabem que o cliente quer usar o PC sem fios, de modo que existem adaptadores Powerline que devolvem o sinal da cablagem eléctrica quer em wireless quer em LAN. Claro que não recomendo que transformem de novo o sinal em wireless.
Atenção que nem todos os modelos à venda já vem com esta tecnologia. As páginas que sugiro abaixo, estão em inglês. Alguns produtos que tem paginas em português, não mencionam claramente a redução automática do consumo. Por exemplo, os adaptadores de velocidade mais baixa (85 Mbps) parece que não trazem esta tecnologia.
-          dlink.pt tem os modelos D-Link Green
-          tp-link.com
-          devolo.com 

IMPACTO DA ELECTRICIDADE NA VOLTAGEM CORPORAL

Quer o campo eléctrico quer o campo magnético são muito perigosos para a saúde. Os efeitos não se ficam pelo ‘cancerígeno’. Assistimos nos ‘media’ debater-se apenas a relação causal «leucemia infantil versus alta tensão», e posteriormente a dupla «tumor cerebral versus telemóvel». Mas doenças como asma, alergia, diabetes, esclerose múltipla, e outras estão associadas com o electromagnetismo artificial, e vêm aumentando gradualmente ao longo das últimas décadas. São as «doenças da civilização» que já abordei noutra página.
Há quem pense que o perigo da electricidade possa advir unicamente de viver próximo de linhas de alta tensão (ou transformadores). Mas dormimos todos os dias a alguns centímetros de distância de fios eléctricos. Os 220 volts (16 A), são uma alta voltagem para todos os animais. Se tocarmos morremos de imediato por electrocussão. E quanto a outros possíveis efeitos a longo prazo destes campos?
O campo eléctrico dos cabos de alta tensão pode acender lâmpada fluorescentes sem qualquer contacto.
Existem profissões aparentemente tão ‘inofensivas’ como a de costureira ou dactilógrafa. No entanto, estas profissões acarretam por proximidade a exposição continua ao campo magnético das máquinas por muitas horas consecutivas (refiro-me a máquinas de costura e de escrever eléctricas, estas últimas agora obsoletas com os computadores). Na década de 1980, profissões como estas foram associadas com taxas mais elevadas de cancro da mama em mulheres. Inclusive, o cancro da mama que é raro nos homens, tem uma ocorrência muito mais elevada em profissões de alto risco electromagnético, como os trabalhadores da indústria eléctrica, electrotécnicos, soldadores, telegrafistas, etc.

Podem ler uma extensa revisão sobre esta matéria numa obra de divulgação de 1995, agora reeditada em 2007: «Campos Electromagnéticos – um guia do consumidor sobre os temas e como nos protegermos», por B. Blake Levitt.
O campo eléctrico propaga-se à distância, seja dos cabos de electricidade ou de emissores de radiofrequência (WiFi, Telefones DECT, comunicadores de bébé) e é absorvido pelo corpo. Se sentem zumbidos ou estalidos nos ouvidos (isto aplica-se apenas às fontes de microondas pulsadas, proximidade com antenas de telémóvel ou WiFi ou DECT) reparem a diferença quando estão isolados com calçado de borracha (ou em cima da cama) e em seguida põem os pés descalços no chão. Os zumbidos (e os estalidos) diminuem, não? Se estiverem descalços (ou com calçado de couro, sem qualquer borracha), descarregam para o chão esta radiação absorvida.
Multimétro com manípulo para medir através da mão a voltagem corporal e fio comprido para ligar a uma tomada com terra.
Com um aparelho barato e simples (e que podem pedir emprestado aos amigos) podem medir o impacto da electricidade no corpo através da medição da voltagem corporal. A foto ilustra o exemplo de um multimetro com os acessórios: o punho e o fio de terra. Atenção, que muitos multímetros apenas tem duas escalas para corrente alterna: 200 e 600 Volts. Apenas os multímetros com escalas menores (2 e 20 volts) permitem registar os detalhes da voltagem corporal.
O ‘Padrão de Biologia da Construção SBM-2003’ defendido pelo Instituto de Biologia da Construção alemão  (Baubiologie.de) recomenda que a voltagem corporal, expressa em milivolts, não exceda os 10-100 mV ou até ser inferior aos 10 mV. Habitualmente numa cama de casal os valores podem ser facilmente superiores a 1000 mV. Basta terem um radio despertador e dois candeeiros.
Exemplo de voltagem corporal numa cama de casal. O 'fio' refere-se ao fio que serve apenas as tomadas da cama estudada. Com o disjuntor ligado, estão em carga outros fios (noutra parede do mesmo quarto e noutro quarto adjacente).
A experiência dos ‘biólogos da construção’ evidenciou que problemas como:
- dificuldade em adormecer,
- dificuldade em dormir de 6 a 8 horas,
- dores musculares,
- resposta alérgica exacerbada durante o dia,
- chichi na cama em crianças e
- falta de sono reparador,
podem ser provocados pelo ambiente onde dormimos. No gráfico acima mostro um exemplo de como a proximidade com os fios eléctricos altera o campo eléctrico no nosso corpo, traduzindo-se em aumento da voltagem corporal, dependendo dos fios que têm próximos da cama. Podem ver mais detalhes neste link, recorrendo à medição do campo eléctrico na cama. No capítulo seguinte discuto mais implicações desta medição.

PORQUE É TÃO IMPORTANTE REDUZIR A EXPOSIÇÃO AO CAMPO ELÉCTRICO?

A melatonina é um dos antioxidantes mais eficientes no corpo – combate os radicais livres. Tem propriedades anticancerígenas. Níveis baixos têm estado implicados em cancro da mama, próstata, melanoma e ovário. Tem um máximo de produção na puberdade e diminui rapidamente até aos quarenta anos. A partir daí diminui mais lentamente. A partir dos quarentas... é quando as taxas de incidência de cancro começam a disparar. Uma coincidência não é?

Incidência de cancro por faixas etárias no Reino Unido em 2007 (ambos os sexos). A produção de melatonina atinge os valores mais baixos ao aproximar dos 50 ano, e a incidência de cancro começa a aumentar rapidamente.
Existe um Jornal de Investigação da Pineal, dedicado desde 1984 aos aspectos moleculares, biológicos, fisiológicos e clínicos da melatonina. O importante a reterem é que: a presença de luz à noite e a exposição a campos electromagnéticos reduzem a produção de melatonina. Os estudos científicos já o demonstraram há vários anos em animais, vocês é que não sabiam ainda dos malefícios do electromagnetismo artificial.
Se reduzirem a voltagem corporal, quando acordam, podem sentir um vigor diferente no cérebro ao longo do dia. Se tomarem um comprimido de melatonina sentem algo semelhante, em especial se falharem umas horas de sono com uma ‘noitada’ ou jet-lag (por alteração repentina do fuso horário).


OUTRAS ALTERAÇÕES HORMONAIS

Existem outras alterações hormonais que vêm sendo estudadas não apenas para a exposição a radiações de frequências muito baixas (electricidade), como para a exposição a frequências muito altas (microondas). Destaco um artigo que acabou de sair na revista Clinical Biochemistry sobre alterações nos perfis hormonais em pessoas que vivem há vários anos na proximidade de antenas de telemóvel. Todas as hormonas estudadas apresentaram alterações.

Redução de hormonas relacionadas com:

- a função do córtex adrenal: cortisol (conhecida como a hormona do stress) e corticotropina;

-   hormonas tiroidais: T3 e T4;

-   hormonas sexuais: testosterona e progesterona.

Um aumento de sete vezes foi observado para a prolactina logo no 3º ano de exposição a antenas de telemóvel.

Alterações hormonais acompanhadas durante 6 anos num grupo de controle (esquerda) e num grupo exposto a antenas de telemóvel (direita). Ao fim de 3 anos já se observam importantes alteraçoes hormonais.
Volto a insistir que tudo o que podermos reduzir no nosso ambiente de casa não é demais. A gravidade de problemas de saúde que nos aguarda é catastrófica.
Alterações hormonais podem afectar a vossa necessidade de urinar de noite, como causar infertilidade. Não deixo de repetir que o cancro está muito de longe de ser o único problema associado à exposição a radiações electromagnéticas artificiais.
Neste BLOG tenho contado apenas a minha história pessoal, e não detalhei pormenores de situações familiares, mas diversos destes problemas têm-me afectado a mim bem como a minha família mais próxima.

Há diferentes possibilidades para a redução da exposição ao campo eléctrico durante o sono, com diferentes custos:
1. Há electrosensíveis que de noite desligam a electricidade para dormirem. Pode-se usar um disjuntor de corte. Mas atenção, não podem ter equipamentos que fiquem ‘a dormir’ (stand-by) e necessitem continuamente de electricidade como rádio despertadores, televisores, aparelhagens de som, etc. Assim o disjuntor não corta o campo eléctrico. Também não podem ter nada a sugar corrente noutra tomada que esteja no mesmo ramal que serve esse disjuntor (noutro quarto ao lado de onde dormem por exemplo).
2. Outra maneira de reduzirem o impacto do campo eléctrico da corrente eléctrica alterna é terem a instalação toda blindada: incluindo os cabos dentro da parede e principalmente os fios que ligam até à lâmpada. Isto requer mudar todos os fios que rodeiam a cama, e fazer novas ligações com cabos blindados. Nada prático mudar os fios dentro da parede!
Os cabos blindados tem uma cobertura metálica que reduz a quase totalidade do campo eléctrico e reduz significativamente o campo magnético (não a totalidade).
3. A alternativa mais simples e barata que recomendo fazerem em primeiro lugar, durante uma a duas semanas consecutivas e, sem nenhuma interrupção diária, é desligarem manualmente durante a noite o disjuntor que serve as tomadas dos quartos, ou desligarem na caixa de derivação (localizadas no cimo das paredes) os fios que rodeiam a cama e usar lanterna.

Não é bom para quem gosta de ler na cama, mas os efeitos compensam. Adormece-se mais facilmente. Se acharem que melhoraram da saúde, podem então instalar um interruptor de corte ou blindarem os cabos da mesa de cabeçeira (através da Geohabitat por exemplo).
No gráfico que dou de exemplo, os cabos dos candeeiros de cabeceira impactam mais na voltagem corporal do que os que estão enterrados na parede. Mas não generalizem este exemplo sem medirem primeiro.
- Se simplesmente desligarem da ficha os candeeiros e o rádio despertador o efeito já pode ser razoavelmente benéfico.
- O rádio despertador é obrigatório, porque alem do campo eléctrico tem campo magnético quando a electricidade está a ser usada (basta a presença do transformador interno perto da cabeça para já terem uma grande exposição a campo magnético).
- O cobertor eléctrico também deve ficar sempre desligado da ficha, e não apenas no botão – os fios induzem voltagem no corpo permanentemente como vimos atrás.
- Camas articuladas com motores eléctricos são outra fonte de exposição prolongada a campos electromagnéticos.
- Aquecimento por resistência eléctrica na parede ou no chão é outra potente fonte de radiação electromagnética. Mesmo que desliguem, têm o chão do vizinho ligado. É um caso complexo de resolverem. Ainda não é muito habitual em Portugal, mas encontram facilmente em Hotéis.

Os efeitos benéficos de reduzirem a exposição à electricidade podem levar uns dias a notarem-se, e dependerem da vossa idade, estado de saúde (já comentei noutras páginas sobre a necessidade de uma alimentação sem glúten, sem lactose, etc.). Não desistam ao fim de um ou dois dias.
Já falei de algumas soluções não convencionais – como por exemplo as cerâmicas baseadas na Crystal Catalyst® Bead - para neutralizar os efeitos do electrosmog. Também referi que estas soluções não me salvam de todo o electrosmog a que estou exposto. São uma pequena ajuda, sobretudo no caso da fonte electromagnética se encontrar a alguma distância (isto é um conceito muito relativo, dependo do grau de electrosensibilidade de cada um). Para fontes muito próximas, não são solução, em especial quando a electrosensibilidade é grave. Infelizmente, percebi-o só agora quando experimentei reduzir a voltagem corporal na cama!

CRIANÇAS ELECTROSENSÍVEIS e WIFI nas ESCOLAS

Os jovens são bem mais resistentes do que os adultos e não querem saber do perigo do telemóvel, nem de outras tecnologias, deslumbrados e viciados que estão pelas modas da tecnologia. De facto, a maioria dos electrosensíveis que conheço já entraram bem nos trintas.
Mas há algumas crianças electrosensíveis. Como a electrosensibilidade ainda não é estudada a sério pelas autoridades, não sabemos a distribuição por idades, mas suponho bem que se trata de um síndroma relacionado com a idade.
Estas crianças estão a sofrer com a introdução do WiFi nas escolas e com o uso vulgarizado dos PCs com ligação wireless como o MAGALHÃES.
Se a vossa criança tem dores de cabeça persistentes quando regressa da escola, e não é um problema de ‘oculista’, pensem bem na possibilidade de estar relacionado com a electrosensibilidade.
Fora da Escola, podem e devem reduzir ao máximo a sua exposição a campos electromagnéticos para o corpo recuperar do stress electromagnético. No caso de sobre-exposição, um electrosensível pode começar a reagir a outros electrodomésticos, que até então eram inofensivos.
 Algumas dicas:
·         Assegurar em casa que o Magalhães não está com o «wireless activado».
·         A redução da voltagem corporal ajuda o corpo a repousar melhor de noite, e a recuperar do stress electromagnético.
·         Andar em casa com calçado condutor. Não usar borracha que é isoladora. Descalços, com meias de algodão/lã, ou com chinelos de couro, consoante a temperatura.
·         Televisores de plasma em casa podem ser incomodativos. Experimentem os televisores de LCD.
·         Sentar a uns dois metros da televisão (para crianças mais pequenas, pode-se usar uma fita no chão e ensinar as crianças a não passar dessa marca).
·         Evitar relógios de pulso com pilha que emitem um campo magnético pulsado.

E FORA de casa:
·         Existem alguns movimentos de cidadãos dedicados ao WiFi nas escolas. Em Espanha começou este Outono 2011 uma petição pública para a retirada do WiFi nas escolas (escuelasinwifi.org). Tem muita informação para levarem para as escolas e os professores dos vossos filhos. Explicar o caso ao director de turma. Não sentar a criança no meio da sala com todos os computadores wireless ligados à sua volta, mas sim longe do router e perto das janelas (as microondas escapam mais pela janela do que pelas paredes, onde são mais reflectidas).
·         O sofrimento da criança na escola vai continuar, a única alternativa para minorar isto talvez seja o uso de roupa protectora. Este site norte-americano tem diversos formatos de roupa: lessemf.com/personal, como a sweatshirt com capuz (SILVERELL® HOODIE). (TAMBÉM HÁ PARA ADULTOS !).
·         Nunca, levar uma criança electrosensível aos Hipermercados Jumbo e lojas adjacentes (o mesmo para alguns Hipermercados Continente que já tem as máquinas portáteis de ler o código de barras). São dos sítios mais violentos para um electrosensível. Se a vossa criança diz que tem dor de cabeça nestes sítios, por favor não julguem que tudo são ‘birras’ da criança. Ao alterar o funcionamento do cérebro, as microondas pulsadas levam a um sofrimento interior, podendo produzir uma alteração de comportamento. Um adulto controla o seu comportamento, tendo a liberdade de ir embora do local. Uma criança, com a liberdade condicionada pelo acompanhamento parental, faz birra para evitar o sofrimento que está a experimentar e não compreende a origem nem a causa.
·         Nunca frequentar a restauração dos grandes Centros Comerciais (é na zona da restauração que habitualmente estão colocados os emissores de WiFi).
·         É preferível ir a lojas tradicionais para comprar roupa ou outros itens. A roupa das lojas de Grandes Superfície está protegida com dispositivos anti-roubo de radiofrequência. Os campos magnéticos são particularmente fortes junto dos pilares de leitura (os arcos que estão junto das portas ou das caixas de pagamento).
·         Ir a casa da família e dos amigos com a criança torna-se complicado. Muita gente aderiu ao WiFi, não tendo sido antecipadamente devidamente informada dos seus potenciais perigos para a saúde. Não estão sensibilizados para desligarem o WiFi na presença dos electrosensíveis! O mesmo se passa com os adultos como eu, que vêm com angustia a deslocação a casa de outras pessoas.

COMPUTADORES

Para quem é electrosensível um computador de torre com rato e teclado pode ser melhor que um computador portátil porque é possível manter o corpo longe dos campos electromagnéticos do CPU, motherboard e discos. Esta distância pode ser melhorada usando fios prolongadores para o rato e o teclado. Vendem-se nas casas de informática. Não sentar em frente da torre. Os lados são metálicos e blindam diversas emissões electromagnéticas da electrónica, mas a frente habitualmente é de plástico e não blinda da mesma maneira que o metal.
Cuidado com os discos externos: podem emitir radiofrequência. Comprei um Samsung ‘levezinho’, mas a cobertura em plástico não bloqueia a radiofrequência como os discos mais pesados com cobertura metálica. As instruções mencionavam claramente a emissão de radiofrequência, mas ainda não é obrigatório esta informação estar explicita na caixa para lermos antes de comprarmos. Uma folha de alumínio pode ser o suficiente para bloquearem esta radiação, embora se tenha de ter cuidado para não prejudicar o arrefecimento do disco.
Instrucções não traduzidas em português, que informam qure esta drive externa usa e pode emitir radiofrequência, e que pode interferir com comunicações rádio.
 As indústrias de electrónica nunca se importaram muito em reduzir as emissões electromagnéticas dos seus produtos. No actual estado das coisas é o consumidor que tem de informar-se para saber como reduzir a sua exposição à contaminação electromagnética. Podem ler mais soluções para reduzir a radiação no escritório em lowemfoffice. Ainda mantenho os ratos de ‘bola’ (em vez dos actuais ratos ‘ópticos’) em casa e no trabalho. Já não é fácil encontrar estes ratos hoje em dia, mas expõem-nos a menos radiação da electrónica.
Plataform Baixa Altitude para comunicações ópticas.
 O futuro das telecomunicações sem fios está nas tecnologias ópticas. Infelizmente o seu desenvolvimento ainda tarda. Podem pesquisar mais na Bioelectromagnetic Research Initiative. Estuda-se desde substituir as redes sem fios por transmissão através de uma lâmpada de iluminação, até o uso de Plataformas de Baixa Altitude (20-30 Km) para a retransmissão de sinais laser. A companhia Vialight.de nasceu de um projecto Comunitário de telecomunicações ópticas. As tecnologias ópticas não apresentam a penetração profunda no corpo causada pela radiofrequência/microondas.


Tem aqui outra apresentação sobre o uso de LED, c/ legendagem em português: http://www.ted.com/talks/lang/pt/harald_haas_wireless_data_from_every_light_bulb.html

3 comentários:

  1. Gostei imenso de tudo quanto li e o conhecimento destes factos poderão, certamente, proporcionar um comportamento mais consciente dos perigos das radiações e da forma como evitá-los.

    Muito Obrigado

    Bem haja.

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  2. fico impressionado como ninguem conhece a orgonite (orgone energy), se toda a gente soubesse e fizesse dispositivos de energia orgone, bye bye onda eletromagneticas nocivas a saude..

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  3. Gostei muito da informação. É extremamente complexa e detalhada. Mas faltam soluções mais acessíveis ao consumidor. Eu comprei um filtro de agua muito bom, alemão, por apenas 153 euros. Mas tive de fazer muita pesquisa e foi com o aconselhamento de uma amiga que cheguei le. A loja da água na Ericeira é muito boa. RIBABLUE

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