AS NOVAS VÍTIMAS: a TDT, a 4G e outras

 AS VÍTIMAS DOS CONCERTOS ROCK

Súbitas mudanças no ambiente electromagnético em nossa casa ou no trabalho são oportunidades para estarmos atentos a “coincidências” relativas a problemas de saúde e compreendermos melhor os efeitos do electrosmog.
A 1 de Julho de 2011 foram instaladas antenas de telemóvel para reforçar a cobertura durante o ‘OPTIMUS ALIVE 2011’, no terreno a poente do edifício do IPIMAR (Algés, Lisboa). Até aí nada de novo. Nas quatro edições anteriores não tive nenhum pesadelo electromagnético durante o período em que decorreu este festival – era suportável a radiação.
Mas desta vez vários funcionários (uns quatro, incluindo eu) apresentaram dor de cabeça invulgar, que começou nesta sexta-feira e foi bastante nítida durante todo o dia de segunda-feira e pelo resto da semana. Algo diferente se passava este ano … mas a meio da semana compreendi a alteração ‘técnica’. Segundo a notícia do jornal Destak (6-Jul-11): «A realidade aumentada chegou ao Alive e à aplicação que a Optimus criou. É possível entrar na área pessoal e ver quem são os amigos (do Facebook) com a aplicação, quem fez check-in e interagir com eles.»
As companhias de telecomunicações aumentam progressivamente os lucros estimulando ao consumo de novos produtos. Só que este «choque tecnológico» causa as suas vítimas. Outro colega apresentou uma reacção de pele dolorosa. Só estabelecemos à posteriori a possível «coincidência» de ter sido despoletada aquando da instalação das antenas da OPTIMUS. Os dermatologistas não vão conseguir compreender a causalidade por detrás de alguns fenómenos deste tipo enquanto ignorarem os efeitos do electrosmog (ver comentário abaixo sobre TDT)..
Resumindo, até ao momento estimo que no meu local de trabalho a população com algum grau de electrosensibilidade possa rondar os 2% (num edifício que alberga umas 200 pessoas). Nada invulgar se comparar com dados de outros países.
E entre os espectadores, este ano ouve público que desmaiou no OPTIMUS ALIVE 2011 (blitz.aeiou.pt). Foi só emoção ou desidratação? Para quem não sabe sobre os efeitos no sistema nervoso ou a potencialidade de usar feixes de microondas para controlar multidões pelos militares, recomendo vivamente a leitura do livro ‘O corpo eléctrico’ ou o ‘Power-Watch Handbook’.
Alasdair Phillips, o mentor no Reino Unido da organização powerwatch.org.uk, começou a lidar com o electrosmog no principio dos anos 1980’ quando foi solicitado para ajudar um grupo de protestantes anti-guerra nuclear acampados no Reino Unido às portas de uma base aérea dos EUA. Eles queixavam-se que estavam a ser irradiados com uma arma não letal de microondas pulsadas. O Pentágono só reconheceu publicamente em 2001 estas armas.

A TELEVISÃO DIGITAL TERRESTRE (TDT)
 Outra alteração no ambiente electromagnético que este 2011 já está a cobrir a totalidade do território português é a emissão da Televisão Digital Terrestre. Recentemente alguém me comentou que um familiar piorava de um problema de pele quando vinha para a sua casa em Benfica. Levou-me a pensar da proximidade com as potentes torres de transmissão de TV e TDT
Neste link podem ver a carta aberta ao Presidente Obama escrita em 2009 por alguns médicos alemães que uma década atrás lançaram o Apelo de Freiburgo (traduzi excertos na Página de Início), apelando a que nos EUA não se instale a TDT, visto existir alternativa por satélite e por cabo (ou fibra óptica).
Eles reportam que num raio de 20 km, numa área com reduzida exposição a radiação de telemóvel, ocorreram abruptamente os seguintes sintomas após a instalação dos retransmissores de TDT: dores de cabeça permanentes, pressão na cabeça, sonolência, problemas de sono, dificuldade em raciocinar, perda de memória, tensões nervosas, irritabilidade, aperto no peito, batida cardíaca acelerada, dificuldade de respiração, tendência depressiva, apatia, perda de empatia, sensação de pele a queimar ou, queimadura interior, fraqueza pernas, dores nos membros, dores agudas em vários órgãos, aumento de peso.
Na mesma página da Next-up podem ver a diferença do espectro electromagnético do sinal de televisão analógico para o digital. Estas diferenças acarretam alteração na informação com efeitos biológicos que vai atingir os seres vivos nas vizinhanças das torres de transmissão.


Mas o caso não seria tão grave se existissem  apenas os potentes emissores colocados no alto das serras, como  no caso da Serra de Monsanto, etc. (Neste link encontram a localização da rede antiga de Radiodifusão: http://utilitarios.no.sapo.pt/emissores.htm). Mas existe adicionalmente uma rede de retransmissores que  estão colocados muito juntos das populações a somarem os seus efeitos às antenas de telemóvel. E agora há mais alguns destes retransmissores. Por exemplo, no Concelho de Cascais onde moro, além do retransmissor do Monte Estoril, temos agora outro adicional em Cascais para a TDT.
Na foto acima do Monte Estoril podem ver como residências habitacionais levam uma múltipla exposição a microondas (sinal digital) provenientes das antenas de telemóvel e da TDT. Tenho curiosidade em saber quantas pessoas nestes locais começaram desde o final de 2010 a precisarem de tomar medicamentos para dormir, para mitigar as alergias, para a diabetes, para o coração, etc., de que não precisavam antes...
Para saberem do retransmissor mais próximo consultem tdt.telecom.pt. No mapa acima do Google-Earth está a localização dos transmissores TDT da linha de Cascais (Cascais, Estoril), de Sintra (Sintra, Algueirão, Cacém) e Lisboa (Restelo, Monsanto, Benfica). Faltam ainda os de Lisboa-Estrela, -Castelo e –Xabregas.

As fotos abaixo ilustram o mau exemplo da instalação de emissores de TDT colocados em cima da populações em localidades em que podiam perfeitamente  (e deviam) estar em montes afastados das populações: o exemplo de Penamacor e Avis, ambas localizadas em montes. Atenção: não visitem os castelos destas e doutras localidades – onde tirei as fotos a exposição à radiação é muito elevada pois ficamos no angulo do foco principal de projecção da radiação. No caso de Penamacor sobrepõem-se ainda as torres das três companhias de telemóveis usuais em Portugal.

Acima: Penamacor (TDT à direita) - um excelente exemplo da falta do princípio da precaução na exposição das populações a feixes de microondas artificiais; Abaixo: Avis.
As frequências usadas na TDT são muito próximas das usadas na GSM. Os comprimentos de onda ressonantes têm cerca de 20 cm, sendo facilmente absorvidos pelo corpo humano ou por animais domésticos, como cães e gatos. O pequeno tamanho destas ondas permite que sejam emitidas por retransmissores semelhantes aos usados nas antenas de telemóvel.
Nada disto interessa ao tremendo negócio que se faz actualmente em telecomunicações. A NOSSA SAÚDE ESTÁ À VENDA, ou melhor até em leilão na ANACOM. Agora com o corte do sinal analógico da TV, ficam bandas livres no antigo espectro da TV, para venda aos privados para telecomunicações móveis como WiFi e 4G. Alguns países já têm a 4G, e está para breve a Internet de alta-velocidade que vai usar as bandas de UHF e VHF. Permite alcançar velocidades de 22 Mbytes num raio de 100 Km em zonas rurais (europapress.es).
ACTUALIZAÇÕES NAS ANTENAS DE TELEMÓVEL

E por falar em súbitas mudanças no ambiente electromagnético – este Agosto 2011 as companhias de telemóvel andaram a actualizar as antenas colocando as caixas que assinalo abaixo. Desconheço a função, mas parece-me que se dorme um pouco pior ... Segundo a resposta da AnACOM, serão os «"conversores opto-eléctricos" que permite a passagem de fibra óptica para cabo de rádio-frequência (e vice-versa), sendo o principal objectivo o de diminuir perdas de energia.».
Será que com isto as operadores eliminarão parte dos repetidores de feixes hertzianos, passando a ligação entre as antenas a ser feita por cabo??? (dei o exemplo da perigosidade destes feixes de microondas concentradas na página 'adaptação'.

DANOS NA PELE:   SOL  x  ELECTROSMOG

Seguindo o fio condutor começado acima, vou falar mais sobre a pele, porque é o órgão primeiramente exposto ao electrosmog.
A exposição aos raios ultravioleta do Sol tem sido apontada como culpada pela forma mais grave de cancro da pele: o melanoma.
Mas os factos não apontam todos nesse sentido, para se poder concluir simplesmente que a exposição ao sol leva ao melanoma (excertos resumidos do Centro de Medicina Avançada do Arizona):
-          em 1900, cerca de 75% da população dos EUA trabalhava no exterior. O melanoma era raro. A partir dos anos 1970 a incidência de melanoma tem vindo a aumentar gradualmente. Está a aumentar numa altura em que a exposição ao sol está a diminuir, e quando as deficiências em vitamina D se estão a tornar epidémicas.
-          O melanoma é mais comum em trabalhadores de interior do que de exterior. Não é uma doença de agricultores, é uma doença de trabalhadores de escritórios.
-          O melanoma é mais comum em zonas do corpo que não estão expostas ao sol.
-          Não foi senão por volta de 1990 que a opinião dos profissionais começou a sugerir que o melanoma era causado pela exposição ao sol. Uma meta-análise relatada em 2005 encontrou que os estudos empreendidos antes de 1990 na generalidade não encontravam nenhuma associação entra a exposição ao sol e o melanoma, mas estudos posteriores encontraram uma associação. Esta equipa sugere que estes estudos posteriores foram influenciados pelas entrevistas viciadas aos participantes que sabiam por ampla publicidade que os especialistas acreditavam que o cancro da pele era causado pela exposição ao sol.
-          O melanoma é a segunda causa de morte por cancro nas pessoas entre 15 e 30 anos, e a taxa está a aumentar.

Alguns investigadores reflectem sobre o que mudou desde os anos 1970: as dietas ricas em vegetais, frutas e gorduras omega-3 protegem a pele da queimadura. Os humanos ‘modernos’ evitam a fruta e os vegetais, adoram batatas fritas e vão à praia umas poucas vezes para se ‘tostarem’. As queimaduras frequentes podem ser um factor para o melanoma, mas a genética e a dieta são mais importantes (Centro de Medicina Avançada do Arizona).
Outras pessoas podem pensar que a alteração no ozono influencia a incidência dos raios UV no solo. Mas as coisas não são assim tão simples: os países com nebulosidade persistente além do melanoma, têm também taxas mais elevadas de cancro da mama e do cólon. Nestes casos a atmosfera funciona como um protector natural para os raios UV. Mas, por outro lado, não podemos produzir vitamina D na pele, esta terá de vir exclusivamente de uma alimentação rica em vitamina D.
Muitos médicos naturistas apontam a vitamina D como muito importante na defesa do organismo contra o cancro. Na realidade a Vitamina D não é uma vitamina, é uma pré-hormona secoesteróide. Como tal, é parte integral da saúde humana e longevidade (http://www.vitamindcouncil.org/).
Entra aqui o lado controverso dos protectores solares. Reduzem a formação de vitamina D na pele. Além disto, muitos protectores apenas protegem dos raios UVB (mas que também são necessários à síntese de vitamina D), e deixam passar os raios UVA. Mas atenção que os raios UVA são muito mais prevalecentes que os UVB no espectro solar. Em laboratório descobriu-se que os UVA são menos perigosos que os UVB, mas por os UVA serem mais penetrantes e prevalecentes na radiação solar será que a sua importância foi subestimada?
Já mencionei antes que o Dr. Olle Johansson e Örjan Hallberg do Karolinska Institute na Suécia acham que actualmente podemos não ter uma exposição ao sol tão grande como antigamente, mas temos uma exposição muito mais prevalecente aos campos electromagnéticos artificiais. Primeiro as radiofrequências das estações de FM e TV, e depois as estações de base dos telemóveis. Os nossos lares também se viram invadidos pelos telefones sem fio, Internet sem fio e lâmpadas fluorescentes compactas (emitem UV e radiofrequência)…