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A minha história


Chamo-me Paulo Vale, tenho 41 anos, sou biólogo, e sou electrohipersensível há algum tempo, possivelmente desde sempre. Comecei a sofrer mais com este problema especialmente desde a vulgarização dos telemóveis. No comboio sentia-me incomodado ao estar perto de uma pessoa que estivesse a falar ao telemóvel, e quanto mais tempo passava perto dessa pessoa pior. Desde o inicio que me recusei a usar telemóvel. Mal sabia que tudo se iria agravar enormemente.
Até aí bastava afastar-me de quem estivesse a usar um telemóvel. Por volta de 2005, com a transição para os telemóveis digitais da 3ª Geração (3G e a seguir a 3,5G), estar perto de uma antena de telemóvel tornou-se um pesadelo. Em simultâneo veio a vulgarização da Internet sem fios nos espaços públicos e privados. Já não se tinha muito para onde fugir.
A Evolução da tortura digital, apesar da Constituição Portuguesa defender que "Art. 25: ninguem pode ser submetido a tortura".

Mas em Novembro de 2006, de repente surgiu o pesadelo pior de todos, uma actualização das antenas de telemóvel num prédio defronte da minha casa. Já nem em casa podia estar bem.
Moro na Quinta do Barão em Carcavelos, concelho de Cascais (Grande Lisboa). Um prédio a 50 m defronte do meu já tinha antenas da TMN no telhado, em cima do 3º andar. O meu pesadelo começou exactamente quando terminaram as obras de restauro no dito prédio, que a TMN aproveitou para actualizar as ditas antenas com disponibilização de novos serviços.
Contactei a TMN, mas garantiram-me que estavam a operar ‘dentro dos limites’ de segurança em vigor. Contactei a Anacom. Devo sublinhar que foram prestáveis e prontos na resposta à minha chamada. Estão bem equipados e mediram a radiação na cozinha que é a divisão exposta à antena. Só que de nada serviu a sua actuação, porque a radiação medida estava dentro dos actuais limites permitidos.
Os técnicos da Anacom disseram-me que se tinha problemas de saúde, isso era com o médico. Umas semanas mais tarde recebi um carta da Anacom a comprovar que a radiação medida estava em conformidade com as normas aceites. Mas não recebi o valor medido. Então ia queixar-me ao médico sem os valores medidos e quando nem sequer a medicina convencional reconhecia estes problemas dos efeitos do electromagnetismo na saúde? Era uma perda de tempo!
Começa então a minha luta de sobrevivência para ter alguma qualidade de vida em casa. O dilema instalou-se: mudamos de casa ou não? Era a melhor solução, mas uma solução economicamente desfavorável em meio a um mercado imobiliário repleto de casas à venda. E enquanto não vendia, pagar o empréstimo de uma casa nova, sem qualquer garantia de levar lá perto com uma nova antena de telemóvel, o wifi do vizinho, etc.
E que tal proteger-me? Essa foi a opção imperativa mais rápida, sem ter recuperado ainda à data a qualidade de vida que tinha anteriormente. Abaixo vou contar alguns desses truques, esperando que possam ajudar outros electrohipersensíveis.
A solução definitiva é mudar-me. Para onde? Que Concelho de Portugal me garante que não volto a ter os mesmos problemas? E a distância diária a percorrer para o meu emprego?


Em França há quem defenda (e necessite desesperadamente para recuperar a sua saúde) da criação de zonas brancas: zonas livres de radiação (Zoneblanche.fr, EHS_Zone_Refuge, Normativa Zonas Brancas). Em Itália também já existe uma zona branca, e na Suíça uma vila está em vias de se converter. Pois aí está uma solução para o problema. Tornar-me um ‘hippi’ do século XXI! Não pela liberdade das drogas, mas pela liberdade da poluição electromagnética. É o meu sonho, que este pesadelo das antenas de telemóvel parece que ainda está para durar e piorar!

O que me sucedeu então?




Resumo aqui alguns dos meus sintomas. Eu sinto estalidos nos ouvidos quando estou perto de aparelhos que emitem microondas pulsadas (as das telecomunicações, os fornos de microondas não provocam isto, que se chama de tinitus). Mas o pior é a reacção semelhante à da alergia. Sempre tive rinite alérgica. Na presença de radiação desenvolvo muito muco na cabeça, tal como quando estou exposto ao pó dos ácaros ou aos bolores, os meus principais alérgenos desde criança.
Os gânglios do pescoço ficam também rapidamente mais inflamados. Fico também com os olhos duros quando a cabeça fica muito congestionada (esta reacção também me sucede na presença de odores sintéticos, mais abaixo discuto isso, que se chama de hipersensibilidade química múltipla).
Também tive um pouco de tontura, em particular se acordasse a meio da noite (agora já não tanto com a protecção que tenho em casa). Não se descansa tão bem de noite. Nos dias úteis saio para o trabalho e alivio a cabeça. Ficar em casa ao fim de semana é que é o mais duro. Fica-se com um cansaço mental bastante grande, com toda aquela alergia na cabeça. É triste agora não poder usufruir do ‘conforto do lar’ sem grande sofrimento.
Antes da actualização da antena em Novembro de 2006, não vivia mal nesta casa (já ali moro desde 1991). A primeira abordagem que fiz em Dezembro de 2006 foi logo bloquear a radiação. A janela da cozinha é o principal ‘buraco’ da casa para as microondas entrarem. Tal fiquei de rastos, que à noite tinha de cobrir a janela com uma folha de metal se não a alergia ficava descontrolada, e não tinha sossego para adormecer.
Entretanto arranjei uma rede de aço com que forrei a janela, e de dia permite ver a rua. Vende-se nas drogarias a metro. Como tem buraquinhos muito mais pequenos que 1 mm, as microondas não passam numa grelha destas (para verificar se funcionam, embrulham um telemóvel completamente, e este deve perder o sinal da rede na totalidade).
Entretanto pesquisei na Internet e encontrei firmas especializadas em protecção contra a radiação. Comprei uma cortina tipo rede mosquiteira mas adicionalmente com fio metálico entrelaçado que bloqueia as microondas. Custou-me uns 100 euros. Usei-a um par de horas. Fiquei novamente com os olhos duros. Era ineficaz para uma pessoa tão electrohipersensivel como eu. Voltei a por a rede de aço.
Mais tarde pintei o tecto da cozinha com tinta de grafite. Serve para isolar os campos electromagnéticos. Além de cara, surge aqui o problema de isolar um apartamento: o apartamento é todo recortado, a entrada da rua, a caixa do elevador, tectos falsos em madeira, armários embutidos, tornam impossível isolar a totalidade dos tectos e paredes com esta tinta. Os azulejos da cozinha também não permitem esta solução pelo lado de dentro, a não ser no tecto e uns 20 cm abaixo. É uma solução fácil quando se isola uma vivenda ou um prédio inteiro pelo lado de fora. A divisão ao lado (um quarto de arrumos, sem janelas), também virada para a antena, foi forrada com um vulgar rolo papel de metalizado.
Continuei a pesquisar mais soluções. A electrosensibilidade vem frequentemente associada a fortes alergias. Comecei a lidar com a alergia a nível alimentar: em finais de 2007 pus em prática a dieta do grupo sanguíneo. Em finais de 2008 o tratamento continuado com bioressonância. Em 2009 apostei no uso de umas cerâmicas cristalinas para neutralizar os efeitos biológicos dos campos electromagnéticos. A seguir vou dar-vos estas dicas em pormenor.


Electrosensiveis – são gente ‘estranha’ ?


A electrosensibilidade é coisa de pessoas muito ‘estranhas’? Enganam-se!
Quem não conhece alguém que se sente muito incomodado num Centro Comercial e foge de lá o mais rápido que pode? Será que este vosso amigo(a)/conhecido(a) não é um pouco electrosensível?
Pensem bem: num centro comercial temos uma grande concentração de luzes, computadores/caixas registadoras, terminais automáticos de pagamento, sistemas de alarme, detecção de incêndios, câmaras de segurança, Internet sem fios e até antenas de telemóvel em muitos centros comerciais. Onde é que um electrosensível encontra um cocktail mais variado de campos electromagnéticos?
E acreditem que para pessoas como nós há centros comerciais bem piores do que outros. Quem já não abandonou a ida aos hipermercados Jumbo? Pois é, o progresso da tecnologia meteu lá aquelas maquininhas portáteis de ler os códigos de barra e fazer a conta (não me refiro às caixas automáticas). Piorou desde aí a ida ao Jumbo para alguns de vós, não foi?
Em Abril de 2011, a cadeia ‘Continente’ começou a introduzir esta tecnologia nalguns hipermercados. Evitem dores-de-cabeça desnecessárias ao permanecerem nas lojas Modelo-Continente do Oeiras-Parque, Tires, CascaisShoping, etc.
Conheço muitas pessoas que não gostam nada de Shoppings. Não estou a falar só de mim! Falta referir que as lâmpadas fluorescentes compactas usadas nos Shoppings emitem forte radiofrequencia (numa gama diferente das microondas)!
Tal concentração de electromagnetismo existe também nos aeroportos e hospitais. Além da carga electromagnética ‘tradicional’, acresce actualmente a Internet sem fios, também conhecida por WiFi. Estes estão agora em muitos locais públicos como Tribunais, Correios, escolas e universidades, e até autocarros da Carris (as Carreiras 36 e 745).
O risco para a saúde depende bastante da abordagem com que se faz o uso de novas tecnologias. Eu uso regularmente o correio electrónico para correspondência, a Internet para informação e até para compras. São muito úteis! Não estou completamente contra a tecnologia.
A questão é quando esta coloca a nossa saúde em grave perigo. E quando não há respeito pelos mais sensíveis! Usem o fio que é mais seguro e não afecta os outros! O mesmo se passou com o tabaco. Felizmente foi banido de muitos locais. O prazer de uns causa o sofrimento de outros! A poluição electromagnética é um problema mais grave ainda. Não temos para onde fugir, nem em casa. As paredes não contêm a radiação!

Quantos são os electrohipersensíveis? Não se sabe exactamente. A ideia deste blog é ajudar-vos a reconhecer que certos problemas no vosso quotidiano se poderão dever a esta poluição invisível. A maior parte das pessoas electrohipersensíveis ignoram a sua patologia e a maior parte dos médicos não sabem o que é a electrohipersensibilidade !
Existem diversas associações de electrosensíveis e pessoas preocupadas com o electro-smog. A associação pioneira terá surgido na Suécia (http://www.feb.se/index_int.htm).
No site http://www.microwavenews.com/www.html podem encontrar uma listagem exaustiva de associações e instituições relacionadas com esta problemática. Quando vos disserem que ainda não está provada a relação prejudicial entre estas novas tecnologias sem fio e a saúde, perguntem a essa pessoa porque existem então milhares de pessoas a queixarem-se do mesmo? Graças à Internet podemos conhece-las pelo mundo fora.
Na Inglaterra a contestação já é grande, não apenas com as antenas retransmissoras de telemóveis, mas também com o mais recente sistema de telecomunicações da polícia – o TETRA.
Na França, a «Robin-dos-Telhados: Associação Nacional para a Segurança Sanitárias para as Tecnologias Sem Fios» (http://www.robindestoits.org/), junta diversos movimentos de luta em defesa da saúde humana. Em Espanha, existem diversos movimentos, mas não estão agrupados.
Em Inglaterra e em Espanha, dois dos países mais próximos de nós, já surgiram entre professores e alunos as vítimas da introdução da Internet sem fios nas escolas. Felizmente que já acabei a Universidade há uns bons anos, mas ainda mantenho algum contacto profissional, só que agora é muito difícil estar em Universidades por causa do WiFi.
Destaco aqui apenas alguns exemplos:
Em Portugal estamos ainda muito conformados com todas as tecnologias perigosas que nos querem impor à força, os exemplos são muito poucos:



O que é a electrohipersensibilidade ?


Há que distinguir entre os electrosensitivos e os electrosensíveis.
Os electrosensitivos são pessoas que se apercebem de certos campos electromagnéticos. Não são necessariamente afectados por estes.
Já os electrosensíveis são afectados por estes, mas isso não implica que tenham uma fácil percepção da sua existência.
Um estudo de Leitgeb e Schrottner mostrou claramente que existe uma variedade de resposta dos humanos na percepção da corrente eléctrica. Alguns sentem correntes eléctricas diminutas, enquanto outros não. A maior parte das pessoas tem uma percepção ‘normal’. Mas há desvios nos dois sentidos, alguns não pressentem a corrente tão facilmente, são ‘electroresistentes’, outros pressentem níveis diminutos de corrente, são ‘electrosensíveis’.
Dai a discussão acima – alguns de nós são sensíveis, e destes apenas alguns nos casos mais extremos são ‘electrohipersensíveis’. Daqui resulta em parte alguma dificuldade em perceber a controvérsia sobre se os campos electromagnéticos fazem mal à saúde ou não. Obviamente que em certos estudos científicos as pessoas ‘normais’ resistem muitos mais do que as electrohipersensíveis, que são uma minoria.
Não vou entrar em pormenor nos estudos científicos. Os electrohipersensíveis sofrem agora, no presente, acho que isso nem nos deixa tempo para nos preocuparmos se vamos ter ou não um tumor daqui a uma década. O importante aqui é compreender que não temos todos a mesma resposta. Nem todos são insensíveis aos campos electromagnéticos.
 A distribuição dos resultados obtidos por Leitgeb e Schrottner apresenta uma típica distribuição em sino, também conhecida como distribuição normal. É muito usada em ciência. Por exemplo, a distribuição das alturas dos humanos segue uma distribuição normal. O aumento do electro-smog, leva a que não apenas os electrohipersensíveis sejam afectados, mas também a generalidade dos mais sensíveis comecem a desenvolver sintomas. Dai a proliferação de pessoas/grupos descontentes com o electro-smog. Este estudo de Leitgeb e Schrottner foi publicado numa revista da especialidade, a Bioelectromagnetics 24:387-394 (2003) (http://www3.interscience.wiley.com/journal/104552494/abstract)


As baixas e as altas frequências


Dentro do espectro electromagnético apenas é bem reconhecido o perigo das chamadas radiações ionizantes, como por exemplo os raios X. Estes são mutagénicos, causam alteração ao nosso património genético, o ADN. Aqui vamos tratar apenas das radiações não ionizantes, que se pressupõe não terem esses efeitos tão graves.
A exposição a campos de electromagneticos de baixa frequência prende-se em grande parte com a simples disseminação da corrente eléctrica. Baixa frequência porque tem ciclos de 50-60 Hertz. Está por todo o lado: nos electrodomésticos, às paredes da nossa casa, aos postes e transformadores de alta voltagem.
A contestação de residentes que estando expostos a alta voltagem temem pela sua saúde já é relativamente conhecida em Portugal. Será talvez o factor mais responsável para o desenvolvimento da leucemia infantil. Mas tem-se demorado muito a admitir a causa desta doença. A grande importância da electricidade parece desculpar os ‘males menores’ que inflige. O progresso da civilização é feito há custa de muitos. É como na guerra: são as ‘baixas admissíveis’.
Alguns electrohipersensíveis não resistem a viver dentro de uma casa ‘normal’ devido simplesmente ao campo eléctrico que passa nos fios que estão nas paredes. Conhecem-se algumas pessoas assim na Suécia. Este é de longe o pais onde este problema é mais reconhecido, com talvez uns 200,000 hipersensíveis e, tomam-se medidas para auxiliar estes pessoas. A associação dos electrosensíveis é vista como uma associação de portadores de uma deficiência, que como tal devem ser respeitadas e auxiliadas a fazer uma vida normal contornando a sua sensibilidade.
Há mais de duas décadas que este problema é bem conhecido, e é anterior à actual disseminação das telecomunicações móveis. A electrosensibilidade tornou-se aparente com o boom dos computadores e dos empregos em que as pessoas passam horas sentadas frente a um monitor de computador. Os seus sintomas nem sempre são subjectivos e de difícil confirmação. Algumas destas pessoas apresentam sintomas objectivos, de destacar a vermelhidão da pele, que foi alcunhada de dermatite do ecrã, por um especialista em electrosensiveis, o Dr. Olle Johansson.
Os seus estudos da pele destas pessoas mostraram que existem algumas diferenças das pessoas ‘normais’, mas que pessoas normais também podem começar a apresentar estas alterações se estiverem muito tempo expostas a ‘televisores’. A designação de alergia já é bastante conhecida. A pele destas pessoas tem uma tendência a ter mais mastócitos, que libertam histamina. Assim, o termo de ‘alergia’ é usado para descrever alguns dos sintomas que afectam os electrosensiveis.

Os campos electromagnéticos de altas frequências são muito usados nas telecomunicações, mas também nos fornos de microondas. Ondas de rádio e microondas tem frequências da ordem dos milhões aos bilhões de Hertz.
Devido aos seus estudos da pele dos pacientes portadores de dermatite do ecrã, a visão científica do Dr. Olle Johansson vai muito mais além dos simples problemas imediatos de que os eletrohipersensíveis se queixam. Ele está convencido que o cancro da pele (não do tipo melanoma) é devido em grande parte a exposição à radiação de telecomunicações e não somente à radiação solar. A pele é o orgão que em primeiro lugar é exposto a radiação!
Mais além ainda, ao rever os dados sobre o cancro do pulmão, ele e outros colaboradores acharam curioso que este aumenta significativamente quando as estações de rádio começaram gradualmente a substituir o AM (amplitude modulada) pelo FM (frequência modulada) nos anos 50 do século XX (claro que antes desta data já se fumava e muito!). O mesmo pressupõem sobre o amianto, já usado desde há um século.
Uma excelente revisão sobre o estado actual da electrohipersensibilidade pelo Dr. Olle Johansson, do Departamento de Neurociências do Instituto Karolinska de Estocolmo, está publicada numa revista da especialidade, a Electromagnetic Biology and Medicine, 25: 245–258 (2006) (http://informahealthcare.com/doi/abs/10.1080/15368370601044150).


Os principais sintomas


A lista de sintomas é grande e obviamente controversa devido a sobreposição com outros problemas de saúde.
Já há uma década atrás, antes do agravamento da situação com o aparecimento da 3G e a vulgarização maciça do WiFi nos lares, alguns médicos alemães subscreveram um documento, o «Apelo de Freiburgo». Deixo abaixo uma tradução do essencial do texto, se quiserem apresentar ao vosso médico. Destaco uma maneira de se aperceberam da vossa electrohipersensibilidade referida neste documento: ‘os sintomas de longa duração melhoram ou desaparecem num período de tempo curto após a redução ou eliminação da poluição por microondas no ambiente do paciente’.
Aqui reside hoje em dia uma enorme dificuldade. Só se tiverem um familiar/amigo que viva numa moradia não geminada e longe de antenas de telemóvel, sem Wifi (e telefones sem fio) em casa. Num hotel é difícil, pois tem geralmente o Wifi. Mesmo no campismo a vulgarização do WiFi está-se a fazer rapidamente em numerosos países europeus. Talvez consigam sentir melhoras após um prolongado piquenique num local isolado...mas atenção que os sintomas podem demorar bastante tempo a desaparecerem.

Num inquérito realizado pela ‘Agência de Protecção de Saúde’ do Reino Unido sobre o uso de aparelhos eléctricos ou de proximidade de fontes de campos electromagnéticos pediu-se aos inquiridos para descrever os 5 principais sintomas. Estes foram agrupados em quatro grupos: (http://www.hpa.org.uk)
a)      sintomas de pele.
b)      sintomas do sistema nervoso: perturbação de sono, dificuldade em acordar, fadiga, stress, irritação, ansiedade e dor de cabeça.
c)      desordens hormonais e metabólicas, sintomas gerais no corpo, sintomas cardiovasculares, sintomas nos olhos, problemas de ouvido,/nariz/garganta e problemas digestivos.
d)      diferentes tipos de cancro, alergias, problemas reprodutivos e de gravidez, e vários problemas atribuídos ao ‘síndroma do edifício doente’.

Outro exemplo em particular, o do professor espanhol Miquel Roselló que trabalhava como professor em um instituto de Tarragona até à pouco tempo e, está de baixa laboral diagnosticado de electrosensibilidade por causa de ter sido transferido para uma escola em que tinha instalado WiFi: «sofria de nervosismo, agitação, arritmias, insónia, embotamiento, mal-estar, irritabilidade, cefaleias, cansaço» (Migueljara.com: electrosensibles-en-los-colegios).

Não pensem que um transformador de alta tensão ou uma antena de telemóvel são as principais coisas a temer. Um simples ‘router’ de WiFi é suficiente para dar problemas de digestão. Conheço quem já passou pelo problema, e pessoalmente senti os mesmos efeitos na casa dessa pessoa.
Por agora não vou aprofundar mais aqui os perigos que nos espreitam. Já se tem discutido que a incidência do cancro é maior na proximidade das antenas de telemóvel. Mas continua controverso. Os interesses em jogo são grandes!
Mas lembrem-se que os tumores em utilizadores de telemóveis não são os únicos ou mais graves problemas a esperar de futuro. Muitas outras pessoas estão a ter a sua saúde prejudicada sobretudo pelo abuso excessivo de tecnologia de microondas, mesmo quem não use essa tecnologia. São os ‘utilizadores passivos à semelhança dos ‘fumadores passivos’ que não tendo o vício sofrem dos malefícios.
Na Alemanha, os cidadãos já estão a ficar mais conscientes deste grave perigo das microondas e a manifestar-se fortemente contra o electro-smog e os lobies que ganham dinheiro à custa da nossa saúde. Vejam aqui as fotos da manifestação de Stuttgart 2009.


O porquê da nossa indiferença ?


Porque não reconhecemos ainda o problema? Grande parte da ciência assenta ainda na explicação da vida como um fenómeno meramente químico. A física quântica já avançou e explicou-nos que ao nível mais elementar que os átomos, as partículas tem o comportamento de ondas. A humanidade já fez aplicação desse conhecimento – a bomba atómica é um exemplo de que a matéria é energia. Mas noutros campos, como a medicina convencional, ainda se vê essencialmente o corpo humano como uma máquina, formada por peças (orgãos), que por sua vez são feitas de peças mais pequenas (células, e no nível seguinte as moléculas). É a mecânica Newtoniana. A mecânica quântica Einsteiniana ainda não foi assimilada em muitos campos da ciência.
Felizmente a medicina alternativa/complementar vê a vida como um fenómeno vibracional, feito de ondas. Um dos livros clássicos de introdução a esta área é Medicina Vibracional, pelo Dr. Richard Gerber. O equilíbrio do desenvolvimento e manutenção do nosso corpo depende do bom funcionamento do nosso delicado electromagnetismo interno e da sua interacção com os campos externos como o campo geomagnético da terra. Uma revisão sobre o estado actual dos conhecimentos da influencia destes campos no desenvolvimento dos embriões de animais foi publicada por Levin na Bioelectromagnetics 24:295-315 (2003) (http://www3.interscience.wiley.com/journal/104535387/abstract).
Para ajudar melhor a compreender parte da interacção dos campos electromagnéticos com os sistemas biológicos é preciso lembrar que temos cristais no nosso corpo. Estes apresentam propriedades piezoeléctricas. É bem conhecido que diversos cristais sobre pressão mecânica produzem uma voltagem. Mas o inverso pode ocorrer: na acção de campos electromagnéticos, podem sofrer stress, isto é alteração da forma/volume.
Ora a glândula pineal e os otólitos no ouvido têm cristais de cálcio (calcite). A perturbação destes cristais poderá ser a explicação para parte do desconforto sentido pelos electrosensíveis (sem discutirmos agora riscos da exposição prolongada). A glândula pineal produz a melatonina. Esta apenas é produzida durante o período de escuridão (mesmo em animais noctivagos), regulando o sono. Os otólitos são importantes para a orientação espacial nos animais (até em peixes). As perturbações do sono  e a desorientação que alguns de nós sentem poderão estar relacionados com a ressonância causada nestes cristais. Lang e colegas estudaram a actividade piezoeléctrica da glândula pineal (http://dx.doi.org/10.1016/S0302-4598(96)05147-1).

A importância do biolectromagnetismo tem sido assim pouco reconhecida em relação à importância dada aos estudos a nível químico dos seres vivos. Os campos electromagnéticos externos existem hoje em intensidade extremamente superior à natural e alguns de nós resistem menos a este electro-smog.

Que a radiação é prejudicial já é sabido. Mas a nossa indiferença global vem da engrenagem economicista mais profunda da sociedade. Deixem-me dar um exemplo diferente. Sabem que o planeta está mal com a poluição (química claro!), tudo causado pelo Homem não é verdade? Mas o que é que estamos verdadeiramente dispostos a fazer para salvar a situação? Já se faz a reciclagem é verdade. Mas existem várias alternativas ecológicas para reduzir o nosso desperdício, reduzindo em simultâneo o nosso consumo. Mas reduzir o consumo vai colocar muitos lucros e muitos postos de trabalho em causa. Quer a nível dos produtores de matérias primas, quer de fábricas, quer das cadeias de supermercados. Todos estes baseiam os seus lucros no consumismo. É claro que precisamos de consumir para nos alimentar. Mas existem já alternativas ecológicas ao desperdício de detergentes, tampões/pensos, pasta dos dentes, etc. Vêem esses artigos à venda nos grandes supermercados? Claro que não! Em Portugal estes produtos estão tão pouco vulgarizados, que quem vive fora das grandes cidades ainda precisa comprar no estrangeiro pela Internet. O copo vaginal é um exemplo. Dura uma década, uma caixa de tampões dura para um mês. Enquanto não descobrir que não precisa de pagar por todo esse desperdício, a cliente volta no mês seguinte!
A indústria farmacêutica é outro exemplo do poder dos lobies. Acho que no ano 2009 a população europeia viu bem como rapidamente nos quiseram forçar a ‘consumir’ a vacina para a gripe A. A medicina convencional está ainda baseada neste consumismo. A mais recente medicina holistica, recorre ao fenómeno vibracional de que a vida é feita, tentando reequilibrar as ondas desfasadas usando equipamento electrónico especializado. A moraterapia é um exemplo já estabelecido na Alemanha e noutros países europeus há alguns anos. Estes aparelhos enviam o tratamento (ondas electromagnéticas) directamente para o paciente. A venda de medicamentos não vai tão bem com técnicas deste tipo (sem patentes!), não acham? Infelizmente quem opta por esta medicina era perseguido (agora não tanto), e os utentes não tem comparticipação nestes tratamentos. A moraterapia há 30 anos que espera pelo reconhecimento oficial!
Recomendo vivamente o sítio de Miguel Jara (http://www.migueljara.com/), um jornalista espanhol que tem levantado sérias questões sobre como nos manipulam a saúde. Resumiu as suas pesquisas em três livros. Os títulos são bem sugestivos do conteúdo:
Ø      La Salud Que Viene – novas doenças e o marketing do medo (2009)
Ø      Traficantes De Salud – como nos vendem medicamentos perigosos e jogam com a doença (2007)
Ø      Conspiraciones Tóxicas – como atentam contra a nossa saúde e o meio ambiente os grupos empresariais (2007)

É a sociedade que temos. E os equipamentos eléctricos/electrónicos? Somos ávidos consumidores destes. Adoramos novos produtos, especialmente as gerações mais novas. Enquanto eles não nos matarem continuaremos a consumi-los. E quanto mais serviços disponibilizam, mais podemos consumir! A industria das telecomunicações tem também poderosos lobies. Como vimos atrás, nem todos são sensíveis. Eles aproveitam-se disso. Os ‘resistentes’ não tem sintomas. Se desenvolverem cancro, isso será para daqui a alguns anos. E será difícil provar o que causou o cancro... Até lá já fizeram lucros fenomenais.
Seja a saúde do planeta ou a saúde humana, na actual sociedade de consumo em que vivemos em primeiro lugar vem o lucro e depois a saúde e o ambiente.
Mas os perigos que nos espreitam não param aqui. Tal como com a poluição química, se pomos a natureza em perigo, a nossa saúde e o nosso sustento acabarão reciprocamente afectados mais cedo ou mais tarde. A propagação de ondas electromagnéticas afecta também os animais. Talvez quando nos faltar o nosso alimento estaremos preocupados com a natureza? Uma boa parte das plantas usadas na alimentação depende dos insectos para a polinização. As abelhas, polinizadores natos, tem uma sociedade muito estruturada, com uma labuta diária entre as flores e o regresso à colmeia. Tem-se atribuído a doenças o declínio das populações de abelhas desde os EUA à Índia. Só que as ondas das torres de telemóveis afectam as capacidades navegacionais das abelhas. O impacto do desaparecimento das abelhas para a polinização das plantas que nos alimentam ainda (?) levará alguns anos até se tornar catastrófico. Só então reagiremos?
A “Asociación Vallisoletana de afectad@S por las Antenas de Telefonía” tem uma excelente colecção de artigos em língua espanhola sobre variados temas relacionados com o electro-smog. Não deixem de a visitar. Encontram aqui também uma compilação de alguns artigos sobre estudos na fauna e flora: http://www.avaate.org/rubrique.php3?id_rubrique=60


Porque as medidas actuais de protecção não nos protegem ?


Referi acima que a nossa saúde depende do nosso equilíbrio electromagnético. Quanto às microondas, a actual legislação europeia protege apenas dos chamados efeitos térmicos. As microondas são usadas para cozinhar. Isto porque têm facilidade em excitar moléculas polares, como a água. A água constitui mais de 70% do nosso corpo. Assim, a legislação impede que possamos ser ‘cozidos’. São estes os efeitos térmicos, que se referem ao aumento da temperatura do corpo. Outros efeitos – efeitos não térmicos - no corpo não são ainda tidos em conta. Alergias, perturbações do sono, etc, nada disso pode ser causado pelas microondas. Assim, o nível de protecção actual é considerado como suficiente para não ‘esquentarmos’.
Quanto à electricidade é a mesma coisa. Estamos protegidos apenas de sofrer um choque eléctrico, graças ao isolamento plástico que cobre os fios eléctricos. Mas este plástico não bloqueia o campo eléctrico como já se referiu. Para tal era necessário que na construção fosse obrigatório usar cabos blindados.

Após uma década de profundas alterações tecnológicas, foi realizado em 2008 pela Eurodeputada Frédérique Ries, em nome da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar, um relatório sobre as preocupações quanto aos efeitos dos campos electromagnéticos na saúde. Podem consultar aqui em português todos os textos relacionados: Análise do Plano Ambiente e Saúde; Proposta de Resolução do Parlamento; O Debate; Resolução Aprovada; Comunicado de Imprensa.
A «Análise intercalar do Plano de Acção Europeu "Ambiente e Saúde" - 2004-2010» reconhece a importância de «estudar igualmente os factores ambientais determinantes que afectam a saúde humana, como a qualidade do ar exterior e interior, as ondas electromagnéticas, as nanopartículas e as substâncias químicas que causam elevada preocupação (substâncias classificadas como cancerígenas, mutagénicas ou tóxicas para a reprodução, perturbadores endócrinos), assim como os riscos para a saúde decorrentes das alterações climáticas».
Deu-se assim um grande passo. Mais à frente na mesma Análise: «Considerando o crescente número de provas científicas de que determinados tipos de cancro, como o cancro da bexiga, dos ossos, do pulmão, da pele, da mama e outros, são causados não só pelos efeitos das substâncias químicas, das radiações, das partículas em suspensão no ar, mas também por outros factores ambientais, Considerando que, a par destas evoluções preocupantes a nível da saúde ambiental, nos últimos anos têm aparecido novas doenças ou síndromas, como é o caso da hipersensibilidade química múltipla, do síndroma das amálgamas dentárias, da hipersensibilidade às radiações electromagnéticas, do síndroma dos edifícios doentes ou da perturbação deficitária da atenção com hiperactividade nas crianças».

Mas, infelizmente as recomendações mencionadas mais adiante na mesma Análise estão longe de serem postas em prática: «Recomenda que, para reduzir os efeitos nefastos do ambiente na saúde, a Comissão apele aos Estados­Membros para que, mediante concessões fiscais e/ou outros incentivos económicos, convençam os operadores do mercado a melhorarem a qualidade do ar interior e a reduzirem a exposição às radiações electromagnéticas nos seus edifícios, nas suas sucursais e nos seus escritórios».
Lamentavelmente, em poucos locais ainda se está a reconhecer a gravidade do problema. Algumas cidades europeias já estão a recomendar baixar os actuais limites permitidos para a radiação de microondas. De acordo com o resumo publicado no respectivo Comunicado de Imprensa, «o Conselho Europeu recomendou, em 1999, valores-limite para as emissões de CEM. Cabe aos Estados-Membros decidir a imposição de valores mais rigorosos, o que já foi feito por países como a Grécia, a Polónia e a Bélgica. No Luxemburgo, a protecção é 14 vezes superior aos outros Estados-Membros.» Em França algumas cidades estão a preparar a redução do actual limite de 40 V/m para 0.6 V/m. A organização Next-Up actualiza os documentos e petições sobre o tema.

Também «a importância da monitorização biológica humana como instrumento de avaliação do grau de exposição da população europeia aos efeitos da poluição», preconizada na mesma Análise, é coisa que por cá não se faz. Ora a Anacom mediu-me a radiação em casa. Quando foi que o meu problema foi reportado para as autoridades de saúde? Obviamente, assim não existem electrosensíveis em Portugal! Há uns tipos que tem preocupações lunáticas com as antenas de telemóvel! Foi como eu me senti depois de os ter recebido em casa. Mas já passaram 3 anos de sofrimento. Agora a situação poderá começar a mudar (?). Pelo menos estes novos síndromas ambientais já tem nomes na Comissão Europeia.

As crianças absorvem mais radiação electromagnética que os adultos pois tem os ossos mais finos que os adultos. A Resolução «condena certas campanhas de marketing particularmente agressivas de operadores de telecomunicações por ocasião das festas de fim de ano e outras ocasiões festivas, como a venda de telemóveis exclusivamente destinados a crianças ou pacotes de tempo grátis de chamadas que têm por alvo os adolescentes».

Sem transcrever aqui todo o texto da ‘Resolução do Parlamento Europeu, de 2 de Abril de 2009, sobre preocupações com a saúde associadas aos campos electromagnéticos’, destaco para reflexão apenas os itens 27 e 28:

27.        «Manifesta a sua preocupação pelo facto de as companhias de seguros tenderem a excluir das apólices de responsabilidade civil a cobertura dos riscos associados aos CEM, o que indica claramente que as seguradoras europeias já estão a aplicar a sua versão do princípio da precaução;

28.        Exorta os Estados-Membros a seguirem o exemplo da Suécia e a reconhecerem as pessoas que sofrem de hipersensibilidade eléctrica como pessoas deficientes, de molde a conceder-lhes protecção adequada, bem como igualdade de oportunidades


O que podemos fazer para reduzir a exposição.


Atentem que muitas das atitudes de protecção da nossa saúde, são também medidas de protecção do ambiente. Assim, podemos desligar algum equipamento eléctrico/electrónico que não está em uso.

Alguns dos novos aparelhos da electrónica de consumo fazem as delicias dos vendedores de electricidade. Já pensaram que um router de internet, que pode gastar uns 5 W/h, quando a maior parte do dia vocês nem sequer estão em casa, num ano gasta 44 KW? Com isto aquecem o vosso quarto durante 9 dias, 5 horas por dia, com um aquecimento de 1 KW/h. Dá jeito no frio não dá?
Infelizmente não parece haver preocupações ambientais com a proliferação destes equipamentos para Internet, televisão por cabo, e telefones sem fios de base fixa. Agora um ‘novo cliente’ da PT leva quase tudo sem fios: telefone sem fios de base fixa, Internet sem fios (wireless), excepto a televisão por cabo que ainda vai pelo fio. Porque nos querem por um banho de microondas dentro de casa? Será que há aqui uma teoria da conspiração que não alcançamos?
O século XXI parece ser o século das preocupações ambientais. Mas porque continuamos a desperdiçar tanta energia? Enquanto se aperfeiçoam e propagandeiam a substituição dos velhos electrodomésticos pelos electrodomésticos de classe A e A+, as companhias de telecomunicações vão no sentido contrário à poupança de energia! Se são electrosensíveis substituam tudo pelo fio!
Infelizmente muitas pessoas vêem-se na ‘escolha’ de abandonar o fio, evitando pagar o aluguer do velho telefone fixo, e optando apenas pelos telemóveis. Uma escolha não saudável!
Pior ainda, para evitarem preços mais altos ao chamarem para números de uma rede diferente da sua, possuem mais de um telemóvel para usarem um da mesma rede para onde querem chamar.

Tomem atenção que algumas companhias que estão a oferecer o telefone fixo, mas que na realidade não funciona através da linha da PT, estão a oferecer-vos um telefone que está ligado às antenas de telemóvel. Estão assim a contribuir para o uso perigoso e excessivo das antenas e, estão a introduzir-vos radiação de microondas em casa e ainda a fazer-vos pagar a electricidade que esses telefones consomem. Os ‘velhos’ telefones não gastavam electricidade, pois não? Usavam apenas a energia da linha da PT, uma electricidade com menos risco e de baixa voltagem.

Então, se são electrosensíveis, uma recomendação muito importante é não dormir perto de aparelhos eléctrico/electrónicos. Nada de rádios despertadores, telefones sem fios de base fixa, telemóveis na mesinha de cabeceira.
Evitar computadores e televisores no quarto, especialmente os antigos de cinescópio.
Quando puderem substituam o televisor antigo pelos novos de LCD ou LED. Não confundam com os televisores de plasma, que esses não reduzem a exposição a campos electromagnéticos.

Outra exposição perigosa a CEM que se está a vulgarizar é o uso dos computadores portáteis no colo. Para quem não sabe, lembro que no homem a produção de espermatozoides se tem de fazer fora do corpo por uma questão térmica. A sua maturação nos mamíferos ocorre fora do corpo porque a temperatura interna de 37ºC não é adequada para esta funcionalidade biológica.

As lâmpadas fluorescentes compactas (CFL) não são tão amigas do ambiente como dizem. Embora poupem electricidade, gastam muita energia para ser produzidas e são também complexas para serem recicladas. É um equivoco que nos têm vendido. Além disso, lembrem-se que são um grande risco que têm em casa:
  1. Se se partirem, estas lâmpadas libertam mercúrio. Não toquem sem luvas nem respirem o pó.
  2. Emitem ultravioletas se não estiverem adequadamente protegidas (cápsula exterior).
  3. Para alguns electrosensíveis, a radiofrequência gerada pelos circuitos electrónicos das lâmpadas compactas causam problemas de pele, ou até perturbações do sono quando colocadas muito perto do corpo, na mesinha de cabeceira ou num candeeiro de leitura.

Não usem estas lâmpadas perto do corpo, como em mesinhas de cabeceira e candeeiros de leitura.
Felizmente a ‘Philips’ e a ‘Osram’ tem novas soluções – Eco-Classic e a EcoHalo – (à venda em Portugal), em virtude de as tradicionais lâmpadas incandescentes de tungsténio e halogéneo estarem a ser progressivamente banidas na União Europeia a partir de 2009. Gastam 30% menos que as incandescentes. E as lâmpadas de LED estão já a ficar acessíveis em preço e qualidade de luz.
Pessoalmente já experimentei e não gosto de trabalhar à noite ao computador com lâmpadas fluorescentes compactas. Causam-me mais cansaço aos olhos, o que com os modernos ecrãs de cristal líquido (LCD) devia de ser uma coisa do passado. Também acho que a tonalidade de luz (fria) é deprimente à noite. É muito preferível a luz (quente) de uma Eco-Classic. O pôr-do-sol não tem cores frias, pois não? Pelo contrário. A nossa iluminação nocturna deve acompanhar o ritmo da natureza!

Relativamente aos campos de microondas, eis alguns itens de boas práticas a tomar atenção sobre as telecomunicações móveis:

  1. Use o telemóvel o menos possível. As crianças nunca devem usar.
  2. Nunca colocar ao pé da cabeça enquanto está a chamar.
  3. Nunca usar em veículos e elevadores (efeito de gaiola metálica retém as microondas).
  4. Segurar longe do corpo enquanto envia SMS.
  5. Mantenham-se afastados de outras pessoas para não as irradiarem.
  6. Não guardar no bolso, pode afectar a fertilidade.
  7. Desligar à noite e não manter perto da cabeceira.
  8. Não usar para jogar.
  9. Auriculares podem ser inseguros, os cabos podem conduzir as radiações (apenas os auriculares tipo estetoscópio são verdadeiramente eficazes).
  10. Redes sem fios (bluetooth), teclados/ratos sem fios, routers wireless (WiFi), pens de banda larga móvel, antenas de telemóvel, telefones sem fios de base fixa (DECT), GPS, comunicadores de bébé, terminais de pagamento Multibanco sem fios, produzem elevados níveis de radiações de microondas. São um perigo também para os electrosensíveis.

Atenção que os kits-mãos-livres geram radiação simultaneamente em dois locais do corpo, irradiando por ex., cérebro e órgãos reprodutores!
Existem outras fontes de microondas, esta lista não é exaustiva, como termómetros e câmaras de vídeo controladas remotamente, ligação dos alarmes à central de alarmes, contadores de electricidade de telecontagem com ligação tipo modem sem fios (GSM), etc. Nestes casos, não existe tanta proximidade do corpo como os nomeados no ponto 10 anterior.

Atentem num exemplo frequente hoje em dia que não diz respeito apenas aos electrohipersensíveis: há muita gente que dorme na mesinha de cabeceira com um telefone sem fios de base fixa e acorda com a nuca dura e dor de cabeça. E depois acha que é da idade! A maior parte destes aparelhos não são ‘inteligentes’. Mesmo que esteja lá colocado o telefone, a base emite o tempo todo microondas como uma mini-antena de telemóvel. A ligação à base serve apenas para carregar a bateria do telefone.
É muito mais perigoso dormir ao pé destes telefones, do que deixarem o telemóvel em ‘modo de espera’ na mesinha de cabeceira. Um telemóvel em ‘modo de espera’ emite pouca radiação, uma base destas é semelhante a falarem a noite toda ao telemóvel, com a diferença que não a seguram colada à cabeça, mas a uma distancia maior.
Quem dorme perto de antenas de telemóvel experimenta também estes problemas de dores na nuca e costas. Esta radiação endurece o corpo!

Evitem os comboios subterrâneos. Em Portugal as empresas de telecomunicações disponibilizaram o serviço móvel nos túneis do Metro tão eficientemente que é terrível para um electrosensível. Claro que chegamos arrasados a casa ao final do dia, pois além do banho de microondas temos a adicionar a proximidade da linha de alta voltagem do comboio.

Se viajarem de taxi e sabem o caminho, peçam logo ao taxista para desligar o GPS.

Nos hotéis procurem saber onde estão as fontes de WiFi. Hoje em dia é-me particularmente difícil adormecer nos hotéis por causa do forte WiFi usado em muitos, mesmo procurando quartos o mais afastados possível. Já existem quartos não fumadores e por vezes quartos sem alcatifa. Já é um progresso na acessibilidade. Mas este problema da electrosensibilidade é muito mal conhecido ainda.
Outro problema que já encontrei em hotéis espanhóis é o aquecimento por resistência eléctrica (instalado no chão ou nas paredes). Antes pensava que o incómodo era apenas devido ao calor excessivo a que eles colocam a temperatura do quarto, mas agora entendo que a presença do invisível campo electromagnético da gigante resistência eléctrica também poderá me afectar o corpo.
Na cozinha o fogão a gás tem vindo a ser subsistido pelas placas eléctricas e mais recentemente pelas placas de indução. Estas placas usam radio-frequência de 20-100 KiloHertz. O Governo Suiço explica que se as panelas não estão correctamente posicionadas e/ou são de dimensões inferiores à placa, pode ocorrer exposição ao elevado campo magnético produzido por estas placas. Devem tomar especial atenção as grávidas, crianças, pessoas de estatura baixa, portadores de pacemakers, e claro os electrosensíveis.
Os forno de microondas estão blindados é claro, senão ficávamos queimados. Mas atenção que com o uso, a porta não encaixa tão perfeitamente, e começa a deixar passar microondas. Não acreditam? Coloquem um telemóvel lá dentro, fechem a porta, e liguem para esse telemóvel a partir de outro telefone. Tocou? Então é porque as microondas do sinal de rede penetraram a blindagem do forno. O ponto fraco é a porta. Não fiquem perto a olhar a comida a rodar!
Mas um aspecto muito importante, e que é negado pela ciência convencional por que ainda não o conseguiu entender, é o chamado efeito de memória da água. Toda a homeopatia se baseia na ‘estranha’ capacidade de guardar informação que a água tem. Assim, a água que sai do forno de microondas vem alterada com esta vibração desarmoniosa para a vida.
Se não conseguem dar sopa a um bébé, já experimentaram dar aquecida no fogão? Já pensaram se tem de lidar com um bebé electrohipersensível em casa ou numa creche: ele não pode ainda dizer «mamã, sinto-me mal com a tua sopa!», pois não? Não esquecer que os comunicadores de bébé usam esta tecnologia.
O efeito de memória da água tem vindo a ser muito popularizado com as experiências de cristalização da água de Masaro Emoto. Ele tem vindo a sensibilizar as pessoas a respeitarem a água, e tomarem consciência da poluição (de todo o tipo) que estamos a fazer a este recurso tão importante para a vida. Aqui podem ver algumas fotos exemplo dos cristais de água. Podem encontrar os livros dele na FNAC, por exemplo.
Quem já experimentou ou ouviu falar da medicina homeopática sabe que se usam preparações ultradíluidas à base de água. Se estas preparações conseguem funcionar após passarem nos raios-X dum scanner de aeroporto, já não resistem à exposição de microondas produzidas por um simples telemóvel. É conhecido há bastante tempo que o aquecimento acima de 70ºC funciona para apagar a informação contida na memória da água, bem como a exposição a campos magnéticos fortes. A exposição a microondas também apaga rapidamente essa informação contida na água. Para quem não sabe, os modernos aparelhos de biorressonância ‘imprimem’ a informação energética que o paciente necessita na água contida numa garrafinha (isto em simultâneo com o corpo do paciente), que depois leva para casa à semelhança de um medicamento homeopático.
Este efeito ‘memória da água’ explica porque quando saio de casa trago o rasto das microondas no meu corpo, e sinto os estalidos nos ouvidos o dia todo.
Deixo aqui uma referencia interessante sobre a influencia de campos electromagnéticos em preparações homeopáticas usadas para estudar o crescimento de rãs, por um grupo que se dedica a algum tempo a averiguar a veracidade cientifica da homeopatia no campo animal (mas sem a contestada subjectividade dos estudos em humanos), e reportado em Homeopathy (2008) 97, 3–9 (http://dx.doi.org/10.1016/j.homp.2007.11.002)


Bloquear os campos electromagnéticos


As sugestões dadas acima não são suficientes para alguns electrohipersensíveis. Enquanto as tecnologias sem fios podem ser substituídas pelo fio (telefone, Internet) como eram dantes, já a electricidade não se dispensa tão facilmente.


Para minimizar a exposição à rede eléctrica que temos em casa, existem disjuntores especiais que cortam a electricidade a sectores da casa dispensáveis durante as horas de dormir (http://www.yshield.eu/en/demand-switches). Para evitar o campo electromagnético de 50 Hz da electricidade que rodeia o quarto de dormir pode-se assim desligar a corrente que circula nos circuitos de tomadas e de tectos. Algumas pessoas na Suécia chegaram a este ponto, de viver em cabanas, sem fogão eléctrico (que é a moda actual) e sem luz eléctrica. Viram-se forçadas pela sua condição de saúde a voltar ao fogão e candeeiros a gás.
Outra alternativa é a filtragem da ‘electricidade suja’ (Emfields).

Quando as fontes emissoras não podem ser desligadas a partir de dentro de casa, outras medidas de protecção são então necessárias. Já referi que para as microondas pode-se adquirir cortinas e tinta especial de protecção. Esta opção tem custos bastante elevados, sobretudo se optarem por pintar toda a casa.
Se têm uma antena de telemóvel a apontar para casa, não hesitem em adquirir pelo menos uma cortina ou uma película protectora para as janelas voltadas para a antena. Não recomendo as mais baratas pois oferecem um nadinha menos de protecção, que pode ser crucial para um electrosensível. Há muita gente que tem a casa ou a caravana forrada a papel aluminizado para cortar as microondas.
http://www.yshield.com/en/shielding-fabrics
Películas de vidro da Y-shield
Além das cortinas, existem canópias para proteger na cama durante o sono (como se usa na selva para proteger dos mosquitos), e redes para usar na rua na cabeça ou para cobrir o corpo inteiro.
Penso que só podem adquirir estes materiais por Internet, ninguém em Portugal vende estes produtos. Estes produtos não existem apenas para os electrosensíveis, mas são fabricados como vestimenta de protecção de trabalhadores que trabalham com estes campos electromagnéticos.

 

Neutralizar os campos electromagnéticos


Esta abordagem é menos convencional. A ciência convencional reconhece apenas a existência dos campos electromagnéticos que se podem medir com os actuais equipamentos. Estes apenas medem as ondas transversais à propagação do campo electromagnético (também conhecidas como ondas Hertzianas). As ondas escalares, são longitudinais à propagação e têm sido consideradas apenas como hipotéticas. Também conhecidas como ondas Tesla (do famoso inventor Nikola Tesla, conhecido pela suas muitas contribuições revolucionárias no campo do electromagnetismo), serão estas as responsáveis pelos efeitos biológicos dos campos electromagnéticos.
Mais recentemente um artigo do naturopata Dr. D. Grun comenta sobre estas hipóteses de Tesla e o efeito de memória da água. O Dr. Grun menciona ainda um facto muito curioso: a proximidade de uma pessoa mais electrohipersensível que outra, porque atrai mais a radiação para ela, pode atenuar os efeitos da radiação na outra pessoa menos electrohipersensível. Se assim é, conhecemos de facto ainda muito mal o funcionamento do corpo humano!
Como qualquer alteração nestas ondas escalares não pode ser medida, ao usar-se equipamento de protecção não convencional, as ondas transversais continuam presentes e são medíveis. Um telemóvel ou um computador com protecção funcionam na mesma. Têm assim sido de classificados como fraudulentos estes aparatos de protecção não convencionais.

Não vou aqui rever nem comentar sobre os existentes. Que eu saiba, em Portugal não se encontram em lojas, e são mais facilmente adquiridos pela Internet. Alguns são relativamente caros. Deixo aqui alguns exemplos que encontrei na Internet: http://www.emfblues.com/; http://www.bioelectricshield.com/; http://www.golden-ray.com/
Vou falar apenas da minha experiência com uns dos mais acessíveis, da marca baseada na tecnologia Crystal Catalyst®, adquirida pelo site EMFBLUES. São feitos à base de cerâmica. Experimentei inicialmente alguns destes produtos no inicio de 2009, importando directamente dos EUA. Já vos falei do efeito de memória da água. Pois se saísse de casa, o efeito de ressonância das microondas no meu corpo mantinha-se muitas horas depois. Os estalidos nos ouvidos, por exemplo, perseguiam-me o tempo todo. Desde que comecei a usar o ‘Star Tri-pak’ para proteger a casa este efeito atenuou muito. Um triângulo destes não chegou, tive de adquirir vários. Se um dava para cobrir a frente da casa, não chegava para cobrir todas as microondas que ‘chovem’ ao longo da casa até às traseiras onde estão os quartos. Repito: os Star Tri-pak não foram ainda suficientes para recuperar na totalidade a qualidade de vida que tinha antes da antena de telemóvel da TMN ter a potência que tem agora, mas diminuíram-me o sofrimento bastante. Atenção que estes triângulos necessitam estar correctamente orientados para a direcção da propagação das ondas.
 Para protecção pessoal experimentei primeiro usar a Crystal Catalyst® Bead. Funciona, mas o efeito é superior ao usar na versão mais sofisticada de ‘pendente’ que uns meses mais tarde experimentei. Comercializam agora um, o ‘Frequency Harmonizer Pendant’ destinado especialmente para aqueles que estão fortemente bombardeados por microondas. Comecei a usar este agora em 2010. Sempre é uma alternativa que podemos usar discretamente na roupa, em vez de andar com uma rede de mosquitos na cabeça. Mesmo que tenhamos a sorte de morar num local com baixa exposição a estes campos, a poluição é de tal ordem hoje em dia em certos locais públicos como shoppings, aeroportos, etc., que precisamos de apostar em algo deste género para proteger o nosso biocampo quando saímos de casa.
No entanto, advirto que não é suficiente em todos os locais. Quem vive no meio de algumas cidades pode defrontar-se com quatro redes de telemóveis e/ou cobertura total nas ruas de Internet sem fios (WiFi). A 4ª geração dos telemóveis vai começar em experimentação em Portugal em 2010.
Têm também umas pastilhas para colocar nos routers de WiFi, e outros aparelhos de microondas, e uns mais pequenos para telemóveis. No entanto, volto a relembrar que se são electrohipersensíveis, recomendo antes que tudo removam toda a tecnologia wireless de casa ou do local de trabalho, em vez de ‘atenuarem o seu efeito’. Pode-se desfrutar da tecnologia informática mais seguramente recorrendo aos fios.

Para os campos de baixa frequência também oferecem soluções como o ‘Tri-pak’. Experimentem usar este numa viagem longa de carro. Enjoos e cansaço poderão diminuir. Antes pensava que o mal estava unicamente na alcatifa, pois sou alérgico há muitos anos ao pó dos ácaros. Afinal descobri que o stress para o corpo provém também do electromagnetismo compacto à minha frente (bateria, alternador, leitor de CDs, computador de bordo, etc). O Tri-pak pode também ser usado para filtrar a ‘electricidade suja’, colocando-o no quadro eléctrico.


Outras soluções para os electrosensíveis


A poluição química e a poluição electromagnética têm levado ao aparecimento de novos síndromas como a hipersensibilidade química múltipla e a hipersensibilidade às radiações electromagnéticas.
A electrosensibilidade tem sido frequentemente associada um historial de hipersensibilidade química múltipla. A hipersensibilidade química múltipla entendem-na melhor se a designar por alergias múltiplas. Estas pessoas reagem ao menor vestígio de um produto químico. Para aliviar o fardo desta sintomatologia múltipla há que lidar então também com as alergias. Tal como para a radiação, têm de reduzir a exposição continua a produtos químicos artificiais e tóxicos naturais (como metais pesados, alumínio).
Devem banir totalmente de casa amaciadores de roupa, ambientadores perfumados (especialmente os sintéticos), lexívias perfumadas, detergentes perfumados, etc. O perfume não lava e causa um grande stress no corpo para os hiperalérgicos. As bolas magnéticas permitem reduzir o detergente até um terço em zonas de água dura (o campo magnético impede o calcário de precipitar, protegendo em simultâneo as máquinas). O lava-loiça limão também resulta para lavar a roupa (muito económico!), não tem cheiro incomodativo, e como quem tem estas bolas usa pouco, não ficam com a roupa afogada em espuma. Ao reduzir a precipitação do calcário, ficam naturalmente com a roupa amaciada. Quanto mais eficaz o detergente mais acção caustica provoca na roupa e mais ‘áspera’ fica. Para os brancos, existem branqueadores oxigenados, como o Ecover. Existe grande variedade de detergentes ecológicos. Já vi alguns destes produtos ecológicos (como bolas magnéticas que permitem reduzir o detergente) aparecerem nas drogarias. Procurem, senão a Amazon vende alguns destes produtos.

Informem-se em estabelecimentos que vendem produtos naturais e de agricultura biológica. Estas casas têm algumas destas alternativas ecológicas amigas do ambiente e da vossa saúde. Informem-se também sobre cosméticos/produtos de higiene mais saudáveis. Um pouco por todo o país têm as lojas Celeiro Dieta e Terra Pura. Na região de Lisboa têm a Biomiosotis; Biocoop; Kapaverde. Infelizmente, cadeias de supermercados como a Brio ainda ignoram o perigo do electrosmog e até têm antenas de telemóvel no próprio armazém! Um escândalo de ignorância nesta altura! Mas não apenas aqui se encontra este problema, em muitas ‘ervanárias’ os produtos estão próximos de campos electromagnéticos, e se forem homeopáticos, então a sua eficácia já pode estar ‘apagada’.
Quanto à casa, devem arejar bem todos os dias. Não é apenas o pó doméstico gerado pelos ácaros o único perigo. Os contraplacados do mobiliário, tintas e diversos produtos químicos libertam, entre outros, formaldeído. Este é um importante tóxico para o corpo. Ter plantas em casa ajuda a absorver estes químicos. Os livros de geobiologia de Mariano Bueno (em espanhol) dão muitas dicas desde a poluição electromagnética à poluição química dentro do lar. A Greenpeace fez um estudo sobre análise do pó doméstico.

Uma ajuda importante obtive ao controlar a alimentação seguindo a dieta do grupo sanguíneo. Reduzi o desconforto sentido no intestino com reacções indesejáveis a certos alimentos, que se traduziu num aumento do bem estar geral.
O médico norte-americano, Dr. Peter D'Adamo aprofundou as ideias desenvolvidos pelo seu pai para tentar explicar porque algumas dietas de emagrecimento não funcionavam com certas pessoas. No livro Eat Right 4 Your Type explica que, consoante o seu grupo sanguíneo do sistema ABO, há certos alimentos que devem ser evitados. Assim, consoante cada grupo ABO dividiu os alimentos em:
  * Benéficos: alimentos que previnem e tratam doenças;
  * Neutros: alimentos que não previnem doenças, porém, também não prejudicam à pessoa;
  * Nocivos: alimentos que podem agravar ou causar danos à pessoa.

Nas lojas Celeiro Dieta e FNAC podem encontrar facilmente os livros do Dr. D'Adamo em português. No site Dieta e Saúde podem encontrar algumas listas de alimentos. Novamente recomendo que procurem ajuda nos estabelecimentos de produtos naturais ou junto de Naturopatas, onde esta dieta já é conhecida.
Quero aqui destacar alguns aspectos importantes para o grupo sanguíneo do tipo O realçados pelo Dr. D'Adamo. Este grupo é o mais propenso para as alergias!
No geral o Dr. D'Adamo dá ênfase a que os cereais e lacticínios devem ser bastante reduzidos no tipo O. Evitem a todo o custo trigo e batata. É difícil, especialmente o trigo que está presente por todo o lado desde o pão do pequeno almoço, massas, fritos, pasteis e doces. Comer fora de casa não é nada fácil. Em casa podemos optar mais facilmente. No inverno temos outras fontes de calorias como a batata-doce e as castanhas. A farinha de trigo podem substituir por espelta. Da mandioca torrada, a usada para a ‘farofa’, é muito fácil fazer um pirão. É uma açorda sem pão! Há ainda mais alternativas, como a quinoa, não usadas na dieta dos portugueses.
Há também alimentos a que foi retirado o glúten, pois este é um alérgeno conhecido para muitas pessoas. Mas estes alimentos saem bastante mais caros. Para viajar de avião podem pedir refeição sem glúten logo quando compram o bilhete (mas não no dia de viajar). Dentre os lacticínios, o queijo de cabra é o único que temos menor intolerância.

E por último, nas medicinas alternativas, dentro dos tratamentos de bio-ressonância que podem encontrar nalguns naturopatas em Portugal, têm a moraterapia (MORA), a terapia quântica (SCIO) e o  Advanced Biophoton Analyzer (ABPA). Estas máquinas são designadas como “sistemas de gestão de stress”, pois ajudam o corpo a recuperar do stress induzido por diversos factores como a poluição química, electro-smog, contaminação microbiológica, deficiência nutricional, stress geopático, drogas, stress emocional, etc.
Com a máquina MORA podem efectuar uma avaliação do vosso stress geopático, de sensibilidade a campos electromagnéticos, e das vossas intolerâncias alimentares. Já a máquina ABPA foi aperfeiçoada para as alergias, e ajudou-me bastante. É totalmente automática e não diagnostica. Têm de conhecer os vossos alérgenos, colocá-los dentro da máquina e esta faz o tratamento automático.
O inventor da ABPA adverte que é óptima para tratar alergias em poucas sessões se têm o grupo sanguíneo Tipo A ou Tipo B, mas se têm o Tipo O este tratamento requer muitas mais sessões. Não esperem milagres! Estas máquinas são muito úteis, mas não se pode continuar a remar contra a corrente e ficar mais saudável ao mesmo tempo. Quero com isto dizer que, à semelhança da poluição, em que se deve reduzir a exposição a radiações e produtos químicos nocivos, também se deve tomar muita atenção a ingerir alimentos que o corpo dificilmente tolera.


Uma reflexão sobre os tratamentos de medicina alternativa é que parece que o efeito dura pouco tempo, numa pessoa como eu. Não é por não serem eficazes. Eles ajudam o corpo a corrigir o stress que tem na altura do tratamento. O problema está no ambiente em nosso redor que é muito hostil e está constantemente a nos agredir e causar desequilibro. Na medicina convencional vocês tomam uma pílula todos os dias para o resto da vida e pronto! E quando acaba a caixa, vão à farmácia buscar mais. E ao fim dos anos o efeito cumulativos desses químicos? Isto só se resolve corrigindo a sociedade de consumo, que está invadida de produtos químicos sintéticos e radiações artificiais a que somos todos obrigados a estar expostos, mesmo quem opta por um estilo de vida amigo do ambiente. Digam não a fazer mal ao vosso corpo e ao ambiente, leiam a Declaração de MICAGO.
Outra utilidade importante dos tratamentos de biorressonância é a desintoxicação de metais pesados do corpo, pois estes podem reagir com os CEM tornando-nos em antenas. Não referi aqui ainda outros síndromas que se supõem tenham também a sua causalidade na exposição ambiental, como a fibromialgia e o ‘síndroma da fadiga crónica’. Infelizmente, na medicina convencional não se encontra facilmente solução para lidar com nenhum destes casos complicados, e os pacientes recorrem à medicina alternativa em busca de ajuda. Apesar de se manifestarem de formas aparentemente diferentes, a causalidade por detrás de todos estes síndromas será a mesma: as profundas alterações que introduzimos no ambiente em que estamos inseridos.

Em termos de medicação, a suplementação à noite com melatonina poderá aliviar as perturbações de sono. Mas lembrem-se, que a exposição do corpo à radiação continua lá, e os problemas futuros, como o cancro, não se previnem aliviando os sintomas.

Por fim deixo aqui uma importante citação do Dr. Olle Johansson, o especialista sueco em electrosensíveis:
«Cada vez se têm feito mais esforços em compreender os mecanismos moleculares por detrás destas várias formas progressivas de cancro, e muito mais dinheiro se tem gasto em descobrir novas drogas para tratar os pacientes. No entanto, por estranho que pareça, muito pouco se tem pesquisado em compreender as verdadeiras causa para o cancro. Entre esses possíveis agentes causadores, hoje em dia cada vez se tem posto mais ênfase nas engenhocas modernas, como telemóveis e computadores, e as suas emissões químicas e físicas, incluindo os retardadores de chama e radiação electromagnética não-ionizante.» (Electromagnetic Biology and Medicine, 25: 245–258 (2006))